Ídolo do Corinthians diz que crise nos bastidores afeta o elenco e é sincero sobre briga por títulos
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Por Pedro Mairton, Heloisa Durand e Matheus Quintino
Biro-Biro diz que crise fora das quatro linhas afeta o elenco no dia a dia do Corinthians
Danilo Fernandes/Meu Timão
Ídolo do Corinthians, o ex-meio-campista Biro Biro diz que a crise nos bastidores do Corinthians afeta o elenco no dia a dia e é a favor de blindar os jogadores no centro de treinamento. Ele ainda acredita que o bom desempenho da equipe em campo também alivia a pressão fora das quatro linhas.
“De um jeito ou de outro, (as polêmicas) afetam sim, o tumulto está fora, mas os jogadores, queiram ou não, ficam com isso na cabeça. Quanto mais deixar o grupo mais tranquilo, fora do que está acontecendo, das confusões, é importante. O time vai acertando. Com o time indo bem, as coisas vão fluir fora de campo, tem que deixar o grupo à vontade e as coisas se acertem. O importante é isso, o Corinthians hoje precisa se organizar para que seja o Corinthians forte e grande como sempre foi, é procurar acertar da melhor maneira possível. É colocar as coisas no eixo, fazer aquilo que é o melhor para o Corinthians e a gente chegue a disputar títulos e voltar ao normal”, disse Biro-Biro após o Jogo das Lendas, amistoso beneficente entre ídolos do Timão em prol do Rio Grande do Sul.
Biro-Biro, porém, foi sincero ao falar sobre a disputa por títulos do atual elenco do Corinthians. Na visão dele, a Copa Sul-Americana é mais acessível do que as competições nacionais.
“Claro que hoje, analisando o Brasileiro, Copa do Brasil, realmente é difícil pensar em brigar pelo título, mas é futebol, sabemos disso. Importante é o grupo se unir, ter vontade, mesmo não tendo um grande time, às vezes as coisas fluem e dá certo. Já passei por isso, não tinha um grande time mas fomos buscar títulos, me lembro contra o Guarani, um p*ta de um time e fomos buscar lá dentro, na raça e vontade. Sul-Americana dá para chegar, brigar pelo título sem dúvidas. Copa do Brasil e Brasileiro é um pouco mais difícil, mas sabemos como é o Corinthians, às vezes não tem time, mas se deixar chegar…”, opinou.
Dificuldades de identificação de jovens com a torcida
O ex-volante corinthiano também falou sobre a identificação dos jovens das categorias de base com a torcida. Devido ao pouco tempo aproveitados no profissional, Biro-Biro vê dificuldades na criação de vínculo dos jovens com a Fiel e aponta exemplos de Cássio e Fagner, que passaram mais de uma década no clube.
“Identificação dos jovens com a torcida: é difícil eles terem a identificação, porque mais um mês, um sai, outro sai, é difícil ter com o torcedor. Não só eles, outros também que chegam, para ter a identificação, tem que jogar mais tempo, como o Cássio ficou, Fagner também, queira ou não, está ficando. Isso vai ser difícil para a garotada, são bons jogadores, torcedor está contente com o que estão representando. Mas identificação e ídolo do Corinthians é difícil mesmo porque a trajetória dele vai para fora, vai ser difícil junto com o torcedor e vai demorar um pouco”, concluiu.
Um exemplo no atual Corinthians é o jovem Gabriel Moscardo, que foi vendido ao PSG, da França, seis meses depois de estrear no profissional. O atleta tem empréstimo válido com o Timão até junho, mas não foi registrado em nenhuma competição mesmo depois de se recuperar de uma cirurgia de correção óssea no pé esquerdo e está fora dos planos do clube.
