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Zagueiro do Corinthians fala sobre luta antirracista no futebol e revela caso em que foi vítima

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Por Meu Timão

Cacá com o unfiroma "all black" do Corinthians

Rodrigo Coca / Agência Corinthians

O zagueiro Cacá, mesmo sendo um dos jogadores mais caracterizados pelas risadas e brincadeiras em entrevistas no Corinthians, também tem motivo pra falar sério quando o assunto é racismo. Em um bate-papo na Corinthians TV, o jogador revelou que já foi vítima e espera que as ações antirracistas sejam cada vez mais rigorosas.

"(Deveriam implementar no futebol) a mais rigorosa possível (medida antirracista). Acho que tinha que levar bem a sério isso. Deveriam tratar isso mais como um crime, um crime pesado. Acho que acabar é bem difícil, mas acho que (tem que) diminuir, né? (O papel do jogador na luta antirracista) primeiro é não cometer nenhum ato, um contra o outro. Um jogador branco não cometer nenhum ato racista com um jogador negro. Apoiar mais essas causas. Fazer o possível para poder atingir mais pessoas para não cometer esse tipo de crime. Para mim é um crime", opinou o zagueiro alvinegro.

A entrevista foi ao ar no último sábado. Em meio a diversos papos sobre sua vida, que puderam mostrar sua trajetória na vida e no futebol, Cacá revelou que já sofreu racismo fora do campo, com um agravante de ainda estar ao lado do filho pequeno no momento.

"Também já tive um caso assim. Eu, que sou negro, vi de uma forma racista o que a pessoa fez comigo. Estava com o meu filho e aí tinha uma família, assim, na frente. Uma família de... eram brancos, e tal. Um homem, uma mulher e uma criança. Eles estavam na frente para entrar no elevador. Aí o elevador abriu e eu estava vindo com o meu filho, bem atrás deles. Eles começaram a andar para entrar no elevador” iniciou a contar sobre o ocorrido.

“Aí o rapaz olhou para trás, viu eu e meu filho vindo. Ele parou a mulher e o filho dele, uma criança, foi para o lado e deixou eu e meu filho entrar. A gente entrou, e eles não entraram. Ficaram parados. A gente foi, usou o elevador, desceu, e eles não entraram no elevador. Eu fiquei nervoso ali na hora. Já penso em um monte de coisa. O sangue ferve. Sim (pelo filho). Meu filho tem três anos. Na hora, ali, o sangue ferveu, mas eu tento manter a calma para não explodir", afirmou o zagueiro.

O Corinthians, vale lembrar, tem como tema principal na nova campanha com a Nike, justamente a luta antirracista. Os uniformes I e II do Timão, já anunciados oficialmente e utilizados pelos jogadores em campo, são caracterizados inclusive com um distintivo por dentro da gola com um punho cerrado em preto e branco ao lado do ditado “Tamo Junto e Misturado”, em referência a uma união pela causa.

A numeração, por trás do uniforme, também tem uma tipografia representativa, com os Adinkras Hene e Dwennimmen, originários de Gana. Por fim, a campanha em si tem como slogan principal a frase “Nossa história é uma página em preto”, em homenagem aos atletas e funcionários negros que fizeram e fazem parte da construção do clube.

Segundo Cacá, medidas como a campanha do Corinthians com a Nike devem ser apoiadas. Para o zagueiro, o incentivo à luta antirracista precisa estar bem direcionado desde a infância para que as crianças já tomem consciência da importância dessa causa.

"É como eu falei. Ser mais unido. Apoiar mais esse tipo de causa. Incentivar outras crianças a não fazer isso. Tem que ir logo nas crianças, que vai ser o futuro nosso, no Brasil e tal. Atingir mais crianças para não cometer esse tipo de ato", concluiu o jogador na entrevista.

Veja mais em: Cacá.

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    @antonio.laecio.de.so em

    É uma coisa que não deveria existir mais.

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    Rubens 48 comentários

    16º. @perdigordo em

    Mi mi mi, turminha da lacração, chato demais esse politicamente correto... É o que mais dizem por aqui, não é?

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    15º. @renan92 em

    Amanha mais um gol dele e do Yuri

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    14º. @douglas.rafaela em

    Tem que lutar contra corrupção.

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    Joao 263 comentários

    13º. @joao-de-mattos-evang em

    Eu tenho um pensamento sobre racismo, aqui no Brasil, especificamente, o problema é estrutural, vem dos tempos da escravidão e até hoje existem um racismo atuante, porém maqueado, de outra maneira, basta ver a desigualdade social, o tratamento diferente que é dado pela própria policia, e quem é corintiano raiz sabe disso, inclusive o tratamento dado para o torcedor mais humilde que vai assistir nos estádios, diante disso acho que deveríamos ir a luta, dar o troco a altura e não ficar se lamentando, o dia que o povo que se sente humilhado, que sofre no dia a dia começar a enfrentar estas pessoas que se acham melhores ou maiores que os outros a coisa começa mudar, portanto não abaixem a cabeça, pelo contrario, vá pra cima e enfrente de igual pra igual!

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    Sergio 182 comentários

    12º. @sergio-negao1 em

    Blá, blá, blá e blá, blá, blá

    Uma coisa tão simples de resolver e, mas, a falta de união da categoria leva a esse monte de blá, blá, blá...

    Quer resolver é simples, façam um reunião no sindicato dos jogadores, cujo a finalidade é formatar uma informação aos clubes e entidades que regem o futebol.

    E a mensagem é: Havendo casos de racismos durante uma partida, sairemos de campo.

    Simples, assim, saiam uma vez, deixem na mão todo o entorno de uma partida de futebol e nunca mais, teremos impunidade.

    E crime só se combate com prisão.