Ragnar Lodbrok
Gostaria de deixar aqui minha humilde analise sobre esses jogos preparatórios.
De cara, gostaria de dizer que não esperava um time jogando o fino da bola.
Vamos lá:
- Ponto positivos:
Walter: Fará muita falta se de fato seu contrato não for renovado.
Caique: Se lapidado e tiver cabeça, pode ser o sucessor do Cássio, claro, guardadas as devidas proporções.
Régis: Não exibiu um nível muito diferente dos que já estamos acostumados porém este aparenta ter mais desejo pelo gol, pisa mais na área, finaliza de média e longa distância.
Bruno Mendez: Zagueiro de origem deu conta do recado na lateral direita.
De resto, sinceramente nada me agradou. Time muito descompactado, tanto o titular quanto o reserva. Foram 270 minutos de um futebol muito pobre de técnica e raça. Até gostei do Pedrinho atuando como meia, mas precisa de muito mais, mais vontade, mais raça. Do que adianta dar um drible lindo e na sequencia errar um passe de 2 metros? A zaga muito lenta, meio de campo muito distante do ataque. Falta finalização, falta velocidade, falta técnica.
Mas sinceramente meu maior questionamento é sobre o Carille. Sou sem duvidas alguma um dos maiores defensores desse treinador, por tudo que fez em 2017. Mas a sensação que me passa é que o sucesso subiu a cabeça e o mesmo não tem humildade para admitir os erros. Sempre arrumando uma desculpa. A verdade é que o esquema não vai funcionar, os jogadores e as características deles não estão dando liga.
Atuar com Manoel e Henrique já é sofrível. Avelar quando desce para atacar, mais atrapalha do que ajuda, seu forte (se é que posso dizer 'forte') é a defesa. Improvisa um zagueiro na outra lateral. Coloca dois volantes, sendo um deles um de marcação que tem um passe horrível. Cobra que os pontas acompanhem os laterais. Ou seja, o time se defende com 8 no mínimo e ataca com no máximo 4 ou 5.
Outro questionamento é: se o Bruno é zagueiro, por que não testa-lo como zagueiro? Por que invés de buscar um zagueiro da base para completar o time, não trás um lateral direito e deixa o uruguaio jogar (e treinar) em sua posição de origem. Para o restante da temporada, teremos Fagner e o Michel, dificilmente ele atuará ali novamente. E nessa intertemporada ele não atuou e nem treinou com seus companheiros em sua posição.
Primeiro passo para esse time engrenar é a mudança de pesas. Henrique e Manoel podem ser bons reservas, mas nada além disso. Avelar é muito limitado, com todo respeito a pessoa que ele é, mas aqui estamos analisando o futebol. Mas seu reserva, Carlos, não esta pronto e também peca muito, tanto no ataque como na defesa. Sou fã incondicional do Ralf, mas ele está matando a saída de bola do time, em alguma partidas outra opção pode ser utilizadas, principalmente jogando dentro de casa, jogando com adversários de qualidades inferiores. Boselli não tem a intensidade necessária para formar uma dupla de ataque, ele deve jogar como referencia. Love aberto é um desperdício técnico, ele tem que atuar ou como referencia ou atrás do centroavante.
Na minha opinião o Carille deveria analisar o time de 2015, claro que o time tem muito menos qualidade, mas o esquema é muito viável com as peças que se tem no elenco atual.
Cássio;
Fagner,
Bruno Mendes,
Gil,
Avelar (infelizmente);
Ralf,
Urso,
Pedrinho,
Clayson (Everaldo),
Vital;
Love (Boselli ou Gustagol).
Jogando no 4-1-4-1 igual em 2015, com o Urso mais adiantado ou até mesmo jogando como homem de marcação e abrindo uma vaga no meio, seja para Vital e abrindo Clayson e Everaldo, ou até mesmo com o Ramiro que apesar da má fase, já demonstrou um bom futebol no Grêmio. O Vital aberto seria uma especie de Jadson de 2015, um meia de criação aberto para aumentar a criatividade do time e abrir passagem para a subida do lateral, no caso o Fagner.
Sinceramente não acho o elenco do Corinthians ruim, tem boas peças e se ajustado, pode dar liga. Respeito demais o Carille, mas ele tem que entender que ele não é nenhum milagreiro a ponto de fazer Manoel, Henrique, Avelar, serem uma boa zaga. O primeiro passo é a mudança de peças.