Pedro Gonçalves
Arena Corinthians - A DÍVIDA
A dívida corintiana sobre o estádio se divide basicamente entre Odebrecht e Caixa Econômica com um custo final a época de 980 milhões de Reais, divididos entre cerca de 400 milhões de reais a Caixa e 480 milhões de reais à Odebrecht. Atualmente somando-se os juros e correções os valores seriam de algo em torno de 1,6 bilhões de reais.
A DÍVIDA DE 480 Mi DEVIDA À ODEBRECHT. QUITADA!
Em reunião do Conselho no dia 12 de agosto de 2019, o Timão costurou um acordo em que pagará no máximo R$ 160 milhões para a Odebrecht. A redução da dívida foi possível graças ao repasse dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) à construtora e o abatimento dos valores de obras não realizadas.
No acordo com a empresa, o clube se comprometeu a arcar com 25% do valor das debêntures emitidas pela construtora à Caixa Econômica Federal. Esses títulos foram uma alternativa encontrada para financiar a obra. O valor atual seria de 640 mi, logo, caberia ao Corinthians pagar R$ 160 milhões.
Segundo apuração do comentarista Ricardo Martins, do Esporte Interativo, o Timão acertou o pagamento de metade do valor devido à Odebrecht, construtora do estádio, e vai quitar os outros 50% nos próximos 15 dias.
Em contato com a reportagem supracitada, um membro da diretoria corintiana confirmou o acerto de metade da dívida com a construtora, mas afirmou que o restante do pagamento ainda está sob negociação.
Em recuperação judicial, a Odebrecht prometeu ao Corinthians que repassará ao clube 100% do desconto que terá neste processo junto aos seus credores. Com isso, o Timão resolve a questão com a construtora, e agora, apenas o financiamento com a Caixa fica pendente.
DÍVIDA DE 400Mi À CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Corinthians vive um dilema a respeito do financiamento da Arena, em Itaquera. Em agosto, a Caixa Econômica Federal entrou com ação para a execução da dívida, que segundo o banco é estimada em R$ 536.092.853,27 milhões. O clube, por sua vez, contesta veementemente este valor. O Corinthians reconhece o débito, porém afirma que a quantia é, na realidade, de R$ 470 milhões.
Proprietário do estádio, o Corinthians entende que a quantia é abusiva e negocia com o banco federal o abatimento de parte deste valor e uma nova forma de pagamento, Matias Ávila se mostrou confiante em um acerto com a Caixa Econômica Federal, mas reforçou que o clube não aceitará pagar a multa de cerca de R$ 50 milhões que o banco estatal exige
O clube argumenta que havia acertado em 2018 que pagaria metade do valor das parcelas mensais entre novembro e fevereiro, mas tal contrato nunca foi assinado. Sob nova direção, a Caixa cobra o que seria o valor cheio do contrato, o que gera essa diferença de R$ 50 milhões, já que o Corinthians também não depositou nada à Caixa nos dois meses em que o estádio foi usado para a Copa América.
Além disso, as únicas duas parcelas pagas no ano de 2019 foram as de janeiro e fevereiro, foram no valor de R$ 6.442.357,31 e R$ 6.565.312,96, respectivamente, que totalizam R$ 13.007.670,30. O valor em aberto dos meses subsequentes é de R$ 33.789.494,81.
No início do mês de setembro de 2019, o presidente Andrés Sanchez informou que apenas dois meses estavam atrasados. No entanto, lembrou que, caso a Caixa não estivesse contando o período de um acordo verbal, esse atraso contaria desde março.
Por conta desse impasse, a Justiça determinou que as parcelas mensais não precisam ser pagas pelo clube até que o refinanciamento seja aprovado.
O ACORDO.
Em março de 2020, Como mostrou o GloboEsporte.com, está alinhado um acordo para prorrogar o prazo de pagamento do financiamento da obra em mais quatro anos, passando de 2028 para 2032.
O clube pretende pagar entre novembro e fevereiro o valor de R$ 2,5 milhões por serem meses com menor número de jogos na temporada. No restante do ano, quer desembolsar algo em torno de R$ 6 milhões.
Esse acerto de boca só não foi sacramentado até agora, segundo explicações do Corinthians, pela “perspectiva da iminente troca de comando da Instituição financeira”.
Vale lembrar que o empréstimo inicial, feito em julho de 2012 e aprovado pelo BNDES, foi de R$ 400 milhões.
O clube já arcou com R$ 175 milhões da dívida, mas sofre com juros e multas.
A DÍVIDA DO TERRENO DE Itaquera.
Em resumo, para entender a história é preciso voltar a 1988, quando o Corinthians recebeu da prefeitura a concessão por 90 anos do terreno em Itaquera com o compromisso de construir ali o estádio
Pelo acordo inicial, ainda de 2011, o Corinthians tinha obrigação de cumprir contrapartidas sociais nas áreas de educação, saúde e assistência social equivalentes a R$ 12 milhões, sendo R$ 4 milhões até 31 de dezembro de 2014 e os outros R$ 8 milhões entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2019.
Corinthians pode ter de pagar R$ 39,7 milhões de multa pela falta de contrapartidas sociais para a cidade de São Paulo na cessão do terreno em que está localizado a Arena Corinthians, em Itaquera, zona leste. O valor inicial era de R$ 8 milhões, mas o Ministério Público de São Paulo atualizou os dados e juros e correção fizeram o total saltar para R$ 39,7 milhões.
O Sport Club Corinthians Paulista informa que as contrapartidas estão sendo tratadas e o valor refere-se a juros e atualização monetária previstos no acordo', diz a nota enviada pelo clube
Em sua defesa no dia 9 de dezembro de 2019, o clube diz que cumpriu a primeira etapa do acordo, gastando mais de R$ 6 milhões em reformas e construções - embora ainda sem auditoria. E afirma esperar as definições do Município sobre como destinar a fatia final dos recursos de contrapartida.
Em resumo, caso o acordo seja firmado o Corinthians deve quitar o estádio apenas em 12 anos, porém em moldes que devem evitar mais renegociações. A notícia é de março de 2020, porém com o cenário atual do Lockdown econômico, esse acordo deve ser alterado. Acredito que o retorno do pagamento das parcelas coincidam com o retorno do futebol, portanto é bastante provável que o acordo se estenda para 2033.
Infelizmente existem muitas negociações e acordos verbais, nada ratificado, seja sobre a Odebrecht, Caixa Econômica ou Ministério Público.
Procurei notícias mais recentes sobre a confirmação da quitação com a Odebrecht, porém segue em negociação. Sobre a Caixa Econômica, até então seguem negociando divergências, já este último sobre o terreno embora seja assunto antigo lá de 88, o processo também está em andamento.
Uma agonia sem fim não ter nada definido. Vejamos como esse assunto se desenrola neste ano de 2020, principalmente após o retorno do isolamento imposto pelo governador do Estado e a parada do futebol imposta pela CBF.
Fonte 11/2019
Fonte 09/2019
Fonte 09/2019
Fonte 03/2020
Fonte 03/2020
Fonte 09/2019
Fonte 03/2020
Fonte 10/2019
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