Rafael Marques
É um absurdo principalmente pela parte dos jogadores.
Na Europa, em alguns clubes os jogadores abriram mão de parte dos seu salários por um tempo, na Roma, por exemplo, que passa longe de ser dos clubes mais milionários da Europa, jogadores e comissão técnica abriram da totalidade do salário no clube ATÉ O FIM DA TEMPORADA (4 meses), para que os funcionários recebessem e o clube pudesse cumprir com seus compromissos sem quebrar lá na frente.
Ou seja, se preocuparam com os funcionários e com a camisa que vestem, aqui não vemos nada nem perto disso!
Aqui, se o Corinthians e os outros clubes deixarem de pagar os jogadores sem eles concordarem (e o problema é justamente que caras que poderiam fazer isso, nem digo os que ganham menos, mas os que estão em melhor situação, não concordam nem mesmo em tempos como esses), os jogadores esperam passar um tempo e entram na justiça com processos absurdos para se desligarem ou para serem indenizados lá na frente, como vimos hoje com o Paulo André, que quer indenização por jogar no domingo...
Concordo com tudo o que o texto disse, e acho que o clube deveria negociar ou até mesmo ''enfrentar'' os jogadores, mas a realidade é que pela legislação, os clubes, não apenas o Corinthians mas todos, ficam na mão dos caras e dos seus empresários.
em Bate-Papo da Torcida > Absurdo diminuir salário de funcionários primeiro
Em resposta ao tópico:
Não me surpreende mais, porém não posso deixar de escrever minha consternação. É simplesmente um absurdo um clube de futebol reduzir salários dos funcionários antes do que os salários astronômicos dos jogadores. Mesmo que tenham reduzido só de quem ganha mais do que 3 mil por mês (aliás 3 mil por mês nem é tanto dinheiro assim, ainda mais em uma cidade como São Paulo, que pelo que eu já vi, é cara).
Lá na Alemanha e em outros países, os jogadores aceitaram reduzir primeiro o seus salários antes de mexer com os dos funcionários.
Esse caso do Corinthians muito se assemelha à realidade do país: bancos estão recebendo ajuda rapidamente enquanto os mais pobres estão sendo enrolados com aquela história de seiscentos reais, que demorou para ser instituído e pago. É muito triste tudo isso, pois logicamente as consequências econômicas deveriam começar em quem ganha mais e não em quem ganha menos. Se um jogador do Corinthians deixa de ganhar 500 mil para ganhar 350 por três meses, ele deve deixar de fazer o quê? Comprar um carro de luxo? Casa? Viagem? Rolex? E se um funcionário deixa de ganhar 4 mil para ganhar 2, ele deixa de pagar financiamento da casa, carro, raciona comida, e passa perrengue!