Rubens Novaes
Infelizmente, temos outros pontos a serem abordados: por exemplo; quem garante, que o montante total do dinheiro investido pela 'tal marca', será realmente revertido para quitar as parcelas da arena? Não podemos esquecer, dos carniceiros de plantão dentro do clube, que possuem empresas particulares fora de lá, e isso pode ser devastador para eventuais desvios de verbas, principalmente, em época de pandemia, que afetou as finanças de todas as empresas a nível mundial. Precisávamos ter, representantes da torcida para acompanharem todo esse processo, mas também é uma utopia, já que muitos membros das organizadas, também só pensam nas verbas destinadas para os desfiles de carnaval. Outro grave problema que vamos enfrentar, é que boa parte da imprensa brasileira, que é extremamente, anti-profissional, e que provavelmente, fará chacotas e memes, com o nome do patrocinador, e terá aquelas que também, se negarão a falar o nome por questões da falta de acordos comerciais publicitários.
Temos ainda, um longo caminho a percorrer, mas é inegável, que foi dado sim, um passo importante para recuperarmos a combalida parte financeira do clube, tão importante para voltarmos a ser, o que já fomos, num passado distante, mas que nunca deveríamos ter saído de lá; a pergunta agora é: no final, isso tudo será um sonho maravilhoso que estará se realizando? Ou um pesadelo, pior do que todos os outros que tivemos recentemente, e que pode jogar de vez, a credibilidade do clube na lama? é esperar pra ver...
em Bate-Papo da Torcida > Os benefícios do Naming Rights - Tópico Final
Em resposta ao tópico:
Todo mundo já sabe dos boatos, os nomes das empresas e já tivemos muitas opiniões contra e a favor do hype em cima da notícia.
Eu venho trazer uma visão diferente, a visão de um publicitário, e tem alguns pontos que eu gostaria de ressaltar sobre tudo isso.
1 - Apesar de não ser algo novo no Brasil (Temos os Alllianz Park e a Kyocera Arena, por exemplo) esse acordo tem um formato novo, que é o de pagar uma imensa quantidade de dinheiro por uma imensa quantidade de anos. Além de ser algo inédito, abre um precedente para que qualquer negociação futura assuma um novo patamar, tanto para nós quanto para o futebol brasileiro.
2 - Uma empresa multinacional, como é citado, também poderá abrir o Corinthians para o mundo. Nós já somos conhecidos e, agora, seremos ligados a uma marca que o mundo inteiro conhece. Querendo ou não isso traz uma credibilidade maior e, junto com isso, novas oportunidades de negócio.
3 - A demora (de anos) para assinar tem um ponto positivo: a empresa que assinar vai ser muito mais comentada que o normal. Os resultados serão imediatos e estamos falando de uma assinatura por valores grandiosos em plena crise global. Muita gente em casa pronta pra ficar sabendo.
4 - O tempo para pagar a Arena irá diminuir e o quanto antes ela for quitada, o quanto antes teremos dinheiro em caixa sobrando.
5 - Finalmente a Arena poderá se tornar um centro comercial de alta densidade. Provavelmente a empresa utilizará a estrutura da Arena para si, uma das únicas com espaços bussiness no Brasil. Estrangeiros vão querer conhecer a 'Amazon Arena', caso se confirme o nome.Mais frequentemente o estádio se tornará um ponto de encontro e, assim, permite a construção de mais restaurantes e lojas, gerando renda.
6 - Uma vez a Arena paga, essa renda preciosa poderá ser usada em qualquer âmbito do clube, tornando mais forte e mais capaz de crescer.
7 - Não sabemos a marca que será estampada e nomeará a nossa Arena, mas não importa. Porém se for a Amazon, independente do contrato firmado é muito, mas muito provável que ele se renove perpetuamente tanto pelas condições financeiras da empresa como pela grandiosidade do Corinthians, que jamais estará em baixa. Dito isso, uma vez assinado, digo que pode se considerar um problema resolvido.