Cleidemar Ribeiro
Hoje em dia se não for politicamente correto, você é taxado de machista, homofóbico, racista, etc. Não vivo minha vida em função de satisfazer a opinião da maioria, antes que me coloquem diversos adjetivos pejorativos, ressalto que respeito todas as opiniões e opções, porém, não consigo demonstrar interesse pelo futebol feminino, pois, acho de um nível técnico muito fraco, se comparado ao masculino, assim como não me interesso por basquete, polo aquático, etc, por simplesmente não me chamar a atenção. É um direito individual gostar ou não de uma modalidade, desde que não a desrespeite, porém, não sou obrigado a nada, tenho minha opinião própria.
em Bate-Papo da Torcida > Por aqui impera o machismo: o caso do futebol feminino do Corinthians
Em resposta ao tópico:
É engraçado ver como a mesma torcida que enche a boca pra falar que somos mais de 30 milhões de corinthianos e não perde tempo em diminuir todo mundo que se apresenta de forma diferente. A homofobia corre solta: 'onde já se viu torcedores gays? Isso é coisa de sãopaulino'. Frequentemente vejo coisas do tipo por aqui, de pessoas com pensamentos mesquinhos e que deveriam estar vivendo na idade média.
Mas hoje quero falar sobre o futebol feminino, que tem tido ótimos resultados para o Corinthians, principalmente nos últimos anos. Somos uma potência nacional, algo a ser celebrado sempre. Ao invés disso, vejo por aqui muitas ironias, deboches, desdém com o trabalho das meninas que tão bem nos representam em campo. Destaco dois exemplos:
1- goleira do time costuma avançar muito, participar como uma jogadora de linha. Aqui no fórum, isso é visto como evidência da falta de capacidade técnica do futebol feminino. Mas aí, quando é o Neuer ou o Alisson fazendo isso o discurso muda, vira característica necessária do goleiro do futebol moderno, que é mais completo em todos os quesitos, sabe jogar bem com os pés. Não poderia ser mais claro: dois pesos, uma medidas.
2 - Gol olímpico marcado pelo Corinthians contra o maior rival. Evento raro no futebol masculino (e também no feminino). Logo aparecem os especialistas, atribuindo toda culpa a falta de habilidade da goleira adversária, questionando a qualidade das jogadoras.
Sempre assim. Comentários feitos por pessoas que não acrescentam em nada.
O mundo mudou, meus amigos. Tende a ser cada vez mais inclusivo, gostem vocês ou não. Aprendam a respeitar o diferente, enaltecer as conquistas de grupos historicamente oprimidos.
Tenho o dobro de orgulho das jogadoras que recebem tão pouco comparado aos homens, e entregam muito mais; dos torcedores LGBT que, apesar de todo o preconceito, com coragem e determinação vão conquistando seu espaço cada vez mais!
Fica aqui o recado: vocês fazem parte do time do povo, independente do que qualquer um diga a vocês!