William Higa
Tudo na vida tem que ter equilibrio...
Sou contra esse estilo sargentão, rígido! Mas sou contra também fazer do clube como se fosse um SPA de férias!
em Bate-Papo da Torcida > Natan, do Galo, é a prova de como são pouco profissionais os jogadores
Em resposta ao tópico:
Natan, do Atlético Mineiro, teceu comentários desrespeitosos ao método de trabalho do ex-treinador do clube, o venezuelano Dudamel.
Reproduzo abaixo algumas das coisas ditas pelo 'atleta':
'O Dudamel era um cara que às vezes queria muito mandar, mandar, mandar, deixava a gente trancado no CT e tal. Tem alguns jogadores que não gostam disso e acabavam ficando de saco cheio: ‘Pô, o cara quer mandar em tudo'
'Só podia almoçar no horário que ele queria. E tem alguns jogadores que gostavam de fazer academia depois do treino. Acabava o treino, e queriam ir para a academia, mas não podiam ir para a academia, porque tinham que estar meio-dia na hora do almoço. Só que o treino acabava tipo 11h40, por exemplo. Tinha que tomar banho rapidão para subir e almoçar. Se não chegasse meio-dia, ganhava multa'
'A gente era acostumado, era bitolado, a só fazer um esquema, só jogar de um jeito. Aí chega um técnico e quer que a gente jogue de outro jeito. Aí alguns jogadores já começam a não gostar, e o técnico gostava de bater de frente'
Um técnico é contratado pelo clube para vencer partidas. E a maneira mais eficiente de obter isso é montando um esquema de jogo que aproveite plenamente as peças que ele possui à disposição. Além disso, é necessário trabalhar os pontos fracos do elenco e aprimorar as qualidades. Tudo isso depende da filosofia de trabalho do profissional, seus princípios e métodos. Cabe ao jogador respeitar e acatar. É assim que se constrói um profissional.
Mas o que vemos no futebol brasileiro é justamente o oposto. Se o boleiro não se sente estimulado pela metodologia ou os ideais do treinador, logo vira a cara e passa a se comportar de maneira a minar o trabalho do administrador. Que se exploda a instituição, que depende da entrega dele para atingir seus objetivos. O que vale é o bem-estar do mimado.
E a diretoria não tem nem como se impor, já que geralmente deve até as calças para os atletas, e não tem culhão para aguentar a pressão imposta pela torcida quando os bons resultados não chegam no curto prazo.
Complicado...