Rodrigo Junqueira
O argumento é bom, mas não vejo o Ralf se apresentando como o Luis Gustavo pra distribuir a bola. Na Seleção o Luis Gustavo passa mais vezes que o Paulinho. No Timão, o Ralf passa menos vezes que o Guilherme.
Ele pegou esse cacoete de virar as costas pros zagueiros na época do Tite e segue com ele até hoje. Isso é um dos motivos porque temos pouca posse de bola e vemos tanta ligação direta defesa-ataque. Agora, no desarme ele é muito melhor que no passe.
em Análise dos jogos > Pra mim o Ralf não pode ser zagueiro!
Em resposta ao tópico:
Creio que o pessoal que vem pedindo para o Ralf jogar na zaga, e assim termos uma dupla de volantes mais técnica com Guilherme e Elias vem se baseando principalmente no Barcelona e no Bayern, que são os times que costumam transformar os volantes mais defensivos em zagueiros, caso de Mascherano e Javi Martinez. No caso do Masche ainda, o Barça contratou errado e deram uma solução pra ele dentro do elenco, pois ele foi contratado pra ser volante, mas o Pep Guardiola percebeu que ele não tinha a qualidade de passe necessária para participar do tiki-taka catalão.
Mas, vamos lá, o motivo de eu não conseguir enxergar o Ralf como zagueiro é simples: não temos posse de bola o suficiente, não jogamos como Bayern e Barça. Esses dois europeus tem em média no mínimo 65% de posse de bola por jogo, logo, precisam defender menos, pois passam muito tempo com a bola no ATAQUE.
Mesmo com um meio de campo mais técnico, seria necessário muito mais qualidade do que isso pra conseguir fazer o jogo tiki-taka. E ainda assim seria necessário aquele jogador pra decidir, no Bayern o Robben, e no Barça o Messi, no Corinthians e nem no futebol brasileiro temos um ponta/atacante com tal poder de decisão.
E no sistema de jogo atual não dá pra fazer isso, pois com o Guilherme no meio que é até um bom marcador, mas ainda longe de ser aquele cão de guarda como o Ralf, o Elias teria que subir menos ao ataque, e perderíamos o diferencial do nosso time nos últimos anos, o fator supresa dos volantes. E vimos como a falta desse fator faz falta desde a saída do Paulinho.
Eu vejo o Corinthians jogando no Brasilerão de uma maneira muito parecida com a que a Seleção Brasileira joga, o Ralf é aquele jogador mais presoa marcação que seria o Luiz Gustavo, o Elias seria o Paulinho, o Renato seria o jogador de meio que mais ajuda na recomposição, papel do Hulk na seleção, e o Jadson seria o Oscar, responsável pela armação, mas também ajudando na armação. No ataque temos o Romarinho livre pra flutuar por toda extensão do campo como o Neymar, e um jogador mais centralizado (acredito que Guerrero recupere a posição ou chegue outro centroavante) fazendo o papel do Fred. Nessa configuração, que acredito ser a mais fácil de ser utilizada, o Ralf TEM que ficar no MEIO.