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Post de Wilson no fórum "Análise dos jogos" do Meu Timão

Parabéns pelo trabalho analise muito boa mesmo!

em Análise dos jogos > Análise tática Corinthians x Novorizontino - capaz que a base iria...

Em resposta ao tópico:

Como avisei no jogo contra o Huancayo, o jogo contra o Novorizontino foi complicado. Eles procuraram marcar pressão enquanto puderam e criaram sérios perigos, principalmente com Douglas Baggio, que é um ótimo meia. Mas com o tempo o Corinthians passou a se impor em ataque e fizemos a nossa parte, por mais que tenha desagradado alguns torcedores que preferiam a não-classificação do rival. Vamos analisar a partida.

O JOGO

Esses mapas são do primeiro tempo. O Corinthians jogou num 4-2-3-1 alternando para um 2-3-5 em ataque devido as descidas do Roni e dependendo do posicionamento deles. Esse mapa de campo com os números dos passes é explicado assim: quem assistiu ao jogo notou que o Novorizontino, até aos 30 minutos em campo, fazia marcação alta e pressionava o Corinthians, que passava a bola com frequência na defesa. Mas quando Roni e Camacho interagiam bastante com Mandaca e Mateus Vital, o time se desafogava graças a eles.

Os mapas desses rapazes no primeiro tempo indicam bem o que disse anteriormente. Luís Mandaca e Camacho eram os responsáveis pela saída de bola da defesa, para que Roni e Mateus Vital fizessem o resto.

No segundo tempo Léo Natel e Adson entraram em campo. Gostei da substituição por um motivo importante: mobilidade entre os meias e atacantes. Embora eu preferisse Felipe Augusto – que entraria uns 10 minutos depois – gostei da substituição justamente pelo fato de Adson ter entrado junto. Como Jô não tinha mobilidade nenhuma na área, Léo Natel – agora na posição original dele, ponta-esquerda que também joga de centroavante – foi o responsável pelos maiores perigos no segundo tempo em conjunto com Vital, Adson e Gustavo Silva, principalmente naquele lance em que, após brigar na esquerda, deu um passe primoroso pra Vital que tocou para o Gustavo, que infelizmente pisou na bola na tentativa de chutar. Além disso, Natel criaria mais um ataque pelo meio, e ele brigaria por todas as bolas e ganharia boa parte delas.

Matheus Araújo e Adson, quando entraram, foram excelentes. Matheus, junto com Camacho, foram responsáveis pala criação de jogadas do time. E Adson foi um primor: ele é um meia-central que faz a transição para meia-atacante e falso 9, embora ele também possa fazer a meia-direita e esquerda. Como podem ver no mapa de calor dos dois, eles foram os responsáveis no ataque, atuando em conjunto com Natel e Gustavo Silva.

MELHORES JOGADORES

Mandaca é uma enorme promessa do clube. No artigo em que fiz um raio-x dos jogadores da base, mostrei que a função dele é primeiro e segundo volante, mas que também pode atuar como zagueiro e meia-central – mas não sabia que ele já tinha jogado de lateral na base, e jogou bem nessa posição. Naquele mesmo artigo, mostrei que o Instat encontrou similaridades entre ele e Marc Lamti, jogador da Tunísia que joga no Hannover e extremamente parecido com ele em campo, Oriol Busquets e Diego López do Santos. E nesse jogo ele mostrou que realmente pode fazer todas essas funções: ele cobriu Roni em suas descidas ao ataque, foi até a linha de fundo como lateral, cobriu os erros de Fábio Santos nas suas falhas de recuar, desarmou e duelou muito bem. Na falta de Xavier, Roni e Camacho, Luís Mandaca é o jogador ideal. Aliás, ele poderia fazer uma dupla muito boa com Ramiro em um 3-4-3.

Vital foi um primor hoje, pra mim o melhor em campo depois de Mandaca: atacou bem e passou bem a bola. Trocou de posições constantemente com os meias e criou sérios perigos ao adversário.

Gustavo Silva abusou dos poderes de Motoqueiro Fantasma hoje: correu muito, driblou muito, chegou à linha de fundo e merecia ter feito um gol de tanto que lutou por um. Chama atenção os duelos que ele ganhou no chão: 7 de 12. Daí podemos depreender que muito das jogadas pela direita eram ganhas porque tanto ele quanto Mandaca tiravam as bolas do adversário com frequência.

Camacho foi o verdadeiro cérebro do time: ele foi o grande responsável para fazer a transição da defesa para o ataque, uma vez que Bruno Méndez teve que jogar mais preso como zagueiro de fato devido a pressão do Novorizontino. Erraria apenas 6 passes de 70 e acertara 5 bolas longas de 7. Também interceptaria 4 passes, uma delas bem perigosa no segundo tempo que, se saísse, poderia gerar em gol deles.

Roni atuou como homem-surpresa várias vezes no jogo. Essa é a característica dele de fato. Errou apenas 1 bola longa de 5, sendo tão preciso quanto Camacho.

A comparação do Instat entre Gabriel Pereira e Layonel Figueiroa são justificadas: o rapaz foi muito útil na criação de jogadas, trocando de posição com Mateus Vital e se infiltrando na área. Aqui devo fazer uma ressalva: ele jogou na posição errada: o colocaram como meia-esquerda, mas ele é um armador-externo pela direita que faz a transição pelo meio. A melhor opção para essa posição era Ángelo Araos, que faz a função de fato. Mas ainda assim ele fez muito bem a função: deu dois passes que quase resultaram em gol e teve duas finalizações bloqueadas. Também ganharia 4 de 6 duelos no chão.

CONCLUSÃO

Esse foi um jogo em que muita gente merecia ter feito um gol. Gustavo Silva, Mateus Vital, Roni...todos esses mereciam ter feito gol.

Apesar de não ter mencionado devido a um mapa mais robusto, Felipe Augusto também entrou muito bem no jogo. Chama atenção o porte físico dele: ele está bem mais forte do que Cauê ou Jô. Quase me marca um belo gol de cabeça e teve boa presença de área. Ele deveria ter começado jogando ao invés do Jô – e não falo por essa pequena amostra dele, mas sim pelo excelente histórico de goleador e jogador de seleção. Hoje, Felipe Augusto briga direto pela posição com Cauê, e deixou Jô para trás.

Terça-feira já teremos às quartas-de-final contra o Inter de Limeira, um time que passa bem a bola, faz bons lançamentos e intercepta bem. E quinta temos o jogo de volta contra o Peñarol. Temos tudo para fazer dois grandes jogos, desde que os medalhões não joguem. Meritocracia deve ser a norma de valorização dos jogadores, e não o nome.

VAI, CORINTHIANS!

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