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Post de Rodrigo no fórum "Análise dos jogos" do Meu Timão

Jô jogou?

em Análise dos jogos > Análise tática Peñarol x Corinthians – outra vez a defesa foi...

Em resposta ao tópico:

Mancini falou em coletiva da razão do torcedor em chamar a atuação na Sul-Americana de “vergonha”, acrescentando o quão falho o time foi e ressaltando que esse Corinthians de hoje não foi o mesmo do Paulista – nem preciso explicar a alfinetada dada por ele. A sensação é de que o time entrou disposto a tomar uma goleada, com falhas defensivas absurdas. Teve jogadores que realmente brigaram em campo, mas as falhas táticas foram evidentes até demais. As críticas de vários comentaristas em relação ao Gil, Fábio Santos e Jô são mais do que justificadas: Gil era o principal responsável pelos buracos das falhas de linha, e Fábio Santos era péssimo pra recuar, perdendo a corrida para Facundo Torres, Agustín Canobbio e Giovanni González.

Saber que o time do Corinthians, com aquilo que vimos ultimamente, é muito melhor do que o do Peñarol, ver um desempenho desses é de estarrecer qualquer bom observador de futebol, porque esperávamos outra atitude dos titulares diante dos últimos desempenhos mostrados. Mas parece que atitude é um luxo que eles não possuem.

Com olhos analíticos, observem o que realmente aconteceu em campo.

PRIMEIRO TEMPO

O Peñarol jogou num 4-4-2 alternando pra um 4-1-4-1, e na defesa fazia uma linha de 4 e outra de 5. O Corinthians, como Mancini explicou, jogou num 3-4-3 com Xavier de terceiro zagueiro, também alternando para um 4-1-4-1. A falha desse esquema é explicada no mapa de calor: Fábio Santos era o maior responsável pelas falhas em campo. Quando os dois gols aconteceram, Xavier foi liberado para jogar mais à frente e recuou Fábio Santos para jogar de terceiro zagueiro – mas de nada adiantou, pelo contrário, piorou ainda mais a defesa. Mas a falhas do Gil e do Fábio Santos eram tão grotescas que Mancini teve que dar mais uma recuada no Xavier, embora isso de pouco adiantasse devido as falhas do Fábio Santos.

A falta de proximidade entre os nossos jogadores – o time jogava extremamente afastado – aliado ao fato de o adversário pressionar num 4-1-4-1 fazia com que o Corinthians não achasse para quem tocar.

A marcação lateral do Peñarol era um triângulo com um deles na sobra. Como o Corinthians jogava afastado ao invés de próximo, as bolas eram perdidas com frequência sob essa marcação. Quando a bola estava com a defesa, Peñarol fazia um “retângulo” ou “pentágono” pelo meio em cima dos volantes para impedir que a linha de quatro passasse a bola para eles. Era só quando a marcação deles era feita em linha ou quando eles não eram rápidos para acompanhar um Gustavo Silva ou Roni é que o Corinthians criava algumas chances.

Após os dois gols, os únicos do meio-campo que tentavam alguma coisa eram Gustavo Silva, Camacho – que muitas vezes ia de ponta e, pela esquerda, fazia melhor papel do que o Fábio Santos – e Roni.

Esse mapa de calor e o mapa de passes de Camacho é do primeiro tempo. Notem o quanto ele buscou o ataque, principalmente pelo lado esquerdo, onde ele foi o principal responsável por algumas chances criadas ali. E notem que muitas vezes ele tinha que cobrir as falhas do Fábio Santos – embora nem sempre isso fosse possível devido a sua preocupação natural com o lado direito. Ele acertou 3 bolas longas de 4 e errou 8 passes de 31.

Roni também brigou muito em campo no primeiro tempo. O mapa de calor dele é explicado justamente pela marcação alta do Peñarol da forma como expliquei antes; Ainda assim ele foi guerreiro em campo, trocando bolas com Gustavo Silva e Camacho. Errou 2 passes de 23 e perdeu apenas 3 bolas. Também ganhou 5 duelos de 6.

SEGUNDO TEMPO

As alterações tinham como objetivo jogar num 3-4-3 – com Fábio Santos na zaga – alternando num 4-4-2 ou 4-1-4-1 para fazer marcação alta, com Otero sendo meia-central de fato, como há tempos que assevero que deveria jogar ali desde que Cazares foi embora, alternando de posição com Vital. Assim ele iria fazer dupla com Roni – agora definitivamente jogando adiantado – e fazer marcação alta até aonde fosse possível.

Com a entrada de Léo Natel no lugar do Jô e Lucas Piton e Otero entrando, o Corinthians jogou muito melhor em ataque. Mandaca criou perigos, Otero quase faz um golaço de falta, Piton foi muito insinuante em ataque em conjunto com Otero, Roni se impunha no meio-campo e arriscava alguma coisa. Mas de nada adiantou, porque a defesa ainda batia a cabeça em campo, como visto nos dois outros gols; e os meias ainda jogavam afastados entre si ao invés de próximos. Otero, por muitas vezes, lutava para achar alguém próximo e mal achava, justificando a tentativa de individualidade dele na maior parte das vezes.

Notem a quantidade de bolas perdidas na esquerda (lado do Fábio Santos) e no meio. As bolas perdidas do lado direito se explicam pelo fato de muitos dos ataques serem por ali, mas fiz questão de ressaltar o lado esquerdo justamente por ser Fábio Santos o principal responsável, como mostra o mapa de calor. Somando a esquerda e o meio, foram 15 bolas perdidas, o suficiente para minar o lado esquerdo.

CONCLUSÃO

Com a exceção de Facundo Torres e Álvares Martínez, o time do Penãrol não é um time brilhante, mas é um time organizado. Passam bem a bola, exploram os lados do campo sem enrolar nos passes, as bolas longas são precisas e recuam nos contra-ataques de modo rápido e preciso. Não ficam enrolando nos passes, há precisão e rapidez na maior parte do tempo.

Se no primeiro gol o mérito foi do atacante, nos próximos dois gols há as falhas de Gil e Fábio Santos, e no quarto faltou leitura de jogo ao Mandaca. As substituições de Mancini surtiram efeito, faltou um pouco mais de objetividade e precisão. Como eu disse antes, Camacho, Roni e Gustavo Silva foram os que realmente se doaram em campo, principalmente Camacho. Mais tarde Piton foi muito aguerrido, brigando por todas as bolas e criando perigos.

Esse jogo ficou evidente a lentidão de recomposição do Gil e Fábio Santos – se não fosse Bruno Méndez, Mandaca e Camacho, a goleada seria pior. Também ficou evidente a lentidão do Jô: a incapacidade dele de alcançar certas bolas e pelas falhas de leitura de área são estarrecedores. A vergonha realmente ficou escancarada entre Gil, Fábio Santos e Jô, porque foi visível a limitação deles. Agora nos resta o Paulistão, a Copa do Brasil e o Brasileirão. Depois desse fiasco, a Copa do Brasil e o Paulistão viraram obrigação – se não ganhar, pelo menos apresentar um futebol melhor que esse que vimos na Sul-Americana.

VAI, CORINTHIANS!

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