Diego
Esqueçam títulos, grandes vitórias ou babação de ovo da mídia. No Corinthians de 2023 o futebol jogado virou secundário.
Em meio a disputa pela presidência, talvez a mais acirrada das últimas duas décadas, o Corinthians está se mudando. Deixando o apartamento duplex da cobertura cheio de troféus e história no Analia Franco e partindo para uma nova aventura.
Após uma década de vitórias e alegrias, um ciclo chega ao fim. Fabio Santos, Fagner, Gil, Balbuena, Romero, Renato Augusto, Paulinho. Eles já entregaram tudo o que podia entregar ao Corinthians.
Esse ano é o ano da despedida de muitos. O Corinthians está se reformulando. De uma maneira amadora, tendo em vista todos os erros cometidos na última gestão, mas está se reformulando desde então.
Thiago Nunes foi a primeira tentativa de reformulação. Vieram outros. Vitor Pereira também foi tentado, só que o acaso ou o seu trabalho enganaram a torcida e a velha guarda, que terminaram o ano achando que ainda dava. Mas ai veio 2023 e o balde de aguda fria.
Tenho minhas críticas ao Duilio e ao Alessandro, mas são conscientes das suas limitações e mediocridades. É claro que eles não estão pensando em título. É claro que a força da torcida sempre coloca o time na disputa, mas esse time que eles fizeram nunca foi pra se tornar um time vencedor. Vejo mais como um time de transição.
O padrão foi o mesmo: jogadores em idade avançada, em fim de contrato, sem custos altos. O objetivo era dar conta do recado e segurar o time até esse ano.
O objetivo final, pra mim, sempre foi o de renovar o elenco e criar as condições necessárias para que o Corinthians volte a disputar com os grandes. Agora em um contexto diferente, com futebol mais físico do que nunca, jogadores jovens são indispensáveis.
Claro que alguns veteranos ainda devem permanecer, mas com um papel de ajudar na transição e passar segurança para os mais jovens. Caso do Cássio e do Fagner. Talvez Renato Augusto.
Mas a verdade é que a barca alvinegra está navegando para o próximo ano, me meio a muitas tempestades. O objetivo é chegar em terra firme e fazer a troca do comando do Timão.
Resta saber se vamos desembarcar são e salvos no final do ano, e se o próximo timoneiro estará a altura e será capaz de colocar a caravela corinthiana, cheia de jovens com tesão e gás pra fazer história, novamente na disputa pelo domínio dos mares e campos.
Tercemos que sim.
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