Rodrigo Figueiredo
Cara, perfeito.
em Bate-Papo da Torcida > A dura lição e a realidade: o torcedor pensa em tradição e respeito.
Em resposta ao tópico:
Talvez agora possamos entender de verdade como o mundo funciona, hoje em dia.
É difícil, muito difícil, para nós torcedores que temos sempre a emoção, a paixão, olharmos as coisas estritamente pelo lado objetivo.
Então, temos de ter bem claro uma coisa dos tempos atuais: não, as pessoas, jogadores, profissionais (quaisquer que sejam) não vem para o Cortinhians só por ser Corinthians.
Assim como também não irão para o Flamengo ou Palmeiras só por serem esses dois.
Irão para onde o dinheiro é certo, para quem pode mais (e poder mais não significa pagar mais, significa pagar bem e de certeza) e não apenas isso: ainda podendo propiciar briga por títulos.
Para o coração de nós, meros torcedores, é muito triste talvez aceitarmos isso verdadeiramente, pois somos regidos por paixões, muitas vezes familiares, passadas de geração por geração, onde aprendemos a acreditar em fazer as coisas por amor a uma instituição, a defender um escudo contra o que quer que seja, incondicionalmente, irracionalmente.
Mas o nosso mundo não é assim. É racional até demais.
Os prestígios de outrora grandes não valem nada se não conseguem se manter prósperos economicamente aos tempos atuais.
Quem não está acompanhando agora a debandada de jogadores, muitos até badalados, para vários clubes árabes, sem muita da tal tradição? E deixando para trás clubes tradicionais da Europa, seja na Espanha, Inglaterra e afins...
Quem não lembra anos atrás quando vários clubes tradicionais também perderam diversos jogadores para times de empresas da China, que ofereciam salários simplesmente inigualáveis (e isso só parou pois o próprio governo chinês alterou leis, basicamente proibindo).
Quem não lembra de anos atrás (esse provavelmente não lembrem mesmo), mas o atual campeão mundial, Manchester City, um time até então sem tanta tradição, de repente despejou centenas de milhões de euros até se tornar a potência que é hoje. Ou de um Messi trocando Barcelona, onde poderia ter encerrado a carreira, por um PSG, ou de um Mbappe recusando um Real Madrid por um salário impressionante.
Infelizmente (ou não), o que temos de cair na realidade e entender, de vez por todas: hoje em dia, o dinheiro é maior que tradição, que paixão, que amor e emoção.
É difícil, frustrante, talvez incompreensível para nós, que somos emoção, mas é a lição que temos de aprender.