Wladmir Lobo
Muita gente se torna corintiano por influência do pai ou até da mãe. Eu não tive influência de ninguém...
Meu pai era corintiano, viu Rivellino, Sócrates, Neto, foi muito a estádios nos anos 70 e 80... Mas eu nunca conversava com ele sobre isso, ele nunca me incentivou. Eu nem sabia para qual time ele torcia. E minha mãe sempre odiou futebol. Grande parte da minha família é palmeirense.
Sou de 88 e até 99/2000 eu nem ligava para futebol, aí assisti o jogo da briga do Edílson com o Paulo Nunes e me apaixonei pelo Corinthians. Com uns 13 anos de idade perguntei ao meu falecido pai, para qual time ele torcia, ele disse que era corintiano. Fiquei feliz, o abracei, e ele me comprou uma camisa do Corinthians.
Em 2002, aos 14 anos, tive o melhor aniversário da minha vida, meu falecido pai veio me visitar, perguntei do presente, e ele disse que o presente viria depois. Ele disse que iríamos visitar minha tia, quando vejo estou chegando no Morumbi, para ver a semifinal da Copa do Brasil contra o São Paulo... Eliminamos o time da Vila Sônia, e nos abraçamos chorando!
Minha maior tristeza é que ele não viu o Ronaldo jogar no Timão, e nem viu o nosso estádio. Ele morreu em 2008, quando eu tinha 20 anos!
Mas o amor dele pelo Corinthians sempre vai estar comigo!
em Bate-Papo da Torcida > Herança de Amor: Como Encontrei o Corinthians Sem Saber que Era Meu...