Hugo Crosara
Nada é do dia para a noite e nem da noite para o dia. As modificações são expressas em forma de conjunto de fatores. Pois bem.
Nos fizeram aceitar como normal os desmanches de times vitoriosos. Disseram ser inevitável e assim fizeram, sucessivamente. Ora. Uma vez deu certo. Depois de novo. E de novo. E com qual finalidade? Trampolim. Atendendo primariamente interesses de empresários.
Bem, isso é chover onde está encharcado. Mas é para fazer jus ao cabeçalho do texto.
Do mesmo modo que nos manipularam, induzindo-nos a apequenar nossos sonhos à época por conta das recentes conquistas (entende-se ressaca e barriguinha cheia) como que se fosse saudável e necessário um rodízio no protagonismo do futebol sul-americano, devemos agora acompanhar intimamente o planejamento do clube e admitir que erramos e muito ao confiar cegamente em nossos representantes, sendo apenas passionais.
Modificam negativamente nossa genética. Vemos raramente jogadores demonstrando assanhamento em vestir nosso manto. Fomos preteridos até por times fora da elite brasileira. Nos adaptamos forçosamente, com jogadores medíocres, desacreditados, sem qualificação. E demos continuidade a essa nefasta mutação.
Porém como no darwinismo, o futebol exala seleção natural. Isso mesmo. Sintamos o odor da triagem, da distinção. Mais uma vez, como nos 23 anos sem títulos continuamos a crescer e incomodar.
Essa analogia deve despertar-nos ao invisível, ao místico, ao improvável. Ao que somos os melhores. Crer.
Diante de um cenário como um pós guerra, unir-nos a fé e ao ideal é o melhor que podemos fazer, cobrando e fortalecendo dentro de uma lógica razoável e consensual.
Foquemos em fatos e verdades. Propaguemos força e vibração. Cobremos respeito e disciplina.
Viva o genoma corintiano. Modificado, selecionado e novamente adaptado.
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