Meira
Ótimo tópico, eu sou Fiel Torcedor e desde o início me perguntei porque a OMNI administra e presta este serviço! Para quem vai aos jogos, é fácil perceber a quantidade de profissionais e serviços que a terceirizada coloca que é inútil ou fácil de trocar por algo menos custoso, como aquele monte de pessoas conferindo ingressos na entrada, na organização das filas, 'apontando' onde tem que passar o cartão do FT, além das impressoras de 'lugares'!
Soluções práticas para tudo isso, respectivamente: organizar a entrada e já direcionar aos respectivos portões de cada setor, evitando aquele tumulto à toa no páteo externo da Arena e a quantidade de pessoas envolvidas; comunicação visual com placas indicando os setores, planos do FT e filas pré-montadas para agilizar o acesso; pode retirar metade do povo que fica nas catracas pois raramente (isso em 3 anos de FT) vi alguém travar na catraca por algum motivo; quem quiser imprimir o ingresso, basta deixar a máquina instalada nas entradas dos blocos, sem ter um 'indivíduo' lá só para isso!
Agora a pergunta que não quer calar: QUANTO A OMNI LEVA POR PARTIDA E FIEL TORCEDOR ASSOCIADO?
em Bate-Papo da Torcida > A terceirização do sócio-torcedor
Em resposta ao tópico:
A associação ao clube na modalidade do futebol é o que há de mais importante na relação clube-torcedor. O sócio-torcedor é, em regra, aquele que contribui para o seu clube sem esperar maiores contraprestações. Contribui por amor. Muitos nem mesmo residem na cidade de São Paulo e pouco utilizam os descontos e prioridades nas aquisições dos ingressos. E os que aqui residem dispensam a parte social do clube, desejam ser sócios exclusivamente do futebol do Timão.
Terceirizar, de que forma for, significa contaminar essa relação. Primeiro, porque não se mistura dinheiro com paixão. Não há como se negar que a OMNI terceirizando o projeto visará sempre o lucro. E quando uma empresa pretende o lucro, e sempre pretenderá, porque esta é a finalidade da sociedade empresarial, fará de tudo para obtê-lo. Sócios e o próprio Timão ficarão em segundo plano. Em segundo lugar, terceirizar significa entregar a pessoas que nem mesmo torcem para o Timão a gestão de um produto que é a essência do Clube. É entregar seu bem mais valioso para ser administrado por terceiros, quando nada há que impeça a sua autogestão.
Programas de sócio-torcedor rendem muito mais quando são operados pelo próprio clube, tanto percentualmente como em números absolutos. Com algumas possíveis exceções esta é a regra geral para os programas dos clubes brasileiros.
Dos clubes que terceirizam o serviço, como Santos (CSU), Palmeiras (Outplan), Flamengo (Golden Goal), Vasco e Corinthians (OMNI), a maioria não revela a parte que destina ao parceiro. Só o Palmeiras foi exceção: fica com 80% e cede 20%.
Daqueles que fazem com recursos próprios, como Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Fluminense e São Paulo, o custo nunca passa de 7%.
Marconi Barbosa, diretor de Marketing do Cruzeiro, diz que chegou a ser procurado por empresas interessadas em explorar o serviço. Elas pediram de 15% a 20% da receita.
– Nós estudamos e concluímos que ninguém conhece melhor o nosso público do que o próprio clube. E ainda é mais barato – explica.
Jorge Avancini, diretor de marketing do Internacional, que tem o programa mais bem sucedido do Brasil, aponta outro grande problema da terceirização.
– Contratar uma empresa significa entregar um dos nossos maiores patrimônios, que é o nosso cadastro de sócios. Isso tem um valor imenso – afirma ele.
Ou o Corinthians gere de forma transparente os custos operacionais dessa parceria com a OMNI e quanto cada um ganha, o sucesso do programa depende da confiança que muitos torcedores ainda não tem.
O torcedor paga a sua mensalidade com orgulho de contribuir para a autossuficiência de seu clube do coração. Este é o propósito: que os valores sejam revertidos em prol do Corinthians. Se pairar qualquer dúvida sobre essa finalidade o projeto malogrará. O torcedor entrega o seu dinheiro ao Corinthians, porque é o Corinthians; não é fácil entregar um dinheiro mensalmente a ninguém em seu nome, principalmente a pessoas sem que haja a certeza do compromisso da relação do clube com a OMNI.
Eu não estou falando por mim e nem por quem já é sócio, mas por aqueles que ainda tem dúvidas, aqueles milhões ai que não entram por insegurança e dúvidas. Há que se respeita-los Corinthians.