Gabriel Domingues
Interceda pelo nosso pais e time a DEUS ai de cima e descanse em paz!
em Bate-Papo da Torcida > Bandeira do Corinthians no velório do grande corintiano Dom Paulo...
Em resposta ao tópico:
Fui ontem cedo no velório do Dom Paulo Evaristo Arns, na igreja metropolitana aqui de São Paulo.
Fui prestar minhas últimas homenagens a esse brasileiro, corintiano e figura importantíssima na história do Brasil.
E ao lado do caixão havia uma bandeira do Corinthians. Torcedor fanático do Corinthians, ele sempre exaltou seu amor pelo clube paulista e escreveu o livro 'Corintiano Graças a Deus'.
E definiu como poucos o que é ser corintiano:“Ser corintiano significa viver com o povo, amar São Paulo e continuar em pé, quando todos vacilam.”
Era o recado de Arns sobre o que é torcer para o Corinthians: ter esperança.
Sua trajetória ficou marcada pela defesa dos direitos humanos durante a ditadura militar e pela retomada da democracia, o que lhe rendeu o apelido de cardeal da resistência.
Presidiu celebrações históricas na Catedral da Sé, no Centro de São Paulo, em memória de vítimas da ditadura militar. Dentre elas, a do estudante universitário Alexandre Vannucchi Leme, assassinado em 1973, e o ato ecumênico em honra do jornalista Vladimir Herzog, assassinado no DOI-CODI, em São Paulo, em 1975.
Atuou ainda contra a invasão da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1977, comandada pelo coronel Erasmo Dias, à época secretário de Segurança. Também teve papel importante em favor das vítimas da ditadura na Argentina, em 1976. O ativista de direitos humanos argentino Adolfo Perez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980, disse que foi 'salvo duas vezes' por dom Paulo Evaristo Arns durante a ditadura no Brasil.
Enfim, muito orgulho desse grande corintiano e brasileiro.
Vai em paz, vá com Deus e muito obrigado!