Bira Deodato
Tite conheceu os métodos de Sarri graças a amigos italianos que lhe enviaram vídeos de jogos e treinos. Fábio Carille também viu essas imagens quando era auxiliar-técnico de Tite no Corinthians, e soube mais sobre o trabalho do treinador do Napoli em dezembro do ano passado – quando participou de um curso da CBF na Granja Comary que teve como convidado um representante da Federação Italiana de Futebol. Tanto Tite como Carille apreciam a facilidade que os times de Sarri têm para fazer a transição para o ataque e criar chances de gol.
O Napoli de Sarri é pródigo em fabricar situações para marcar. Higuaín bateu o recorde de gols numa edição do Campeonato Italiano (36, no campeonato 2015/2016) sob sua direção, e quando ele foi embora para a Juventus o treinador “inventou” um matador: o baixinho belga Dries Mertens, de 1,69 m, que foi transformado de extremo em “falso nove” e terminou como vice-artilheiro da Série A com 28 tentos em 35 jogos – Dzeko, da Roma, fez 29 e disputou duas partidas a mais.
As triangulações pelo meio, as ultrapassagens pelos lados e os cruzamentos rasteiros (para trás ou em direção à risca da pequena área) são marcas de um Napoli que encanta e não se intimida.
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