Anat Picareta
Em meio à (excelente) contratação do garoto Vital, muito falou-se sobre uma anti-ética corinthiana em meio às turbulências do Vasco.
Sim, houveram pesos e medidas diferentes por parte da imprensa se tratando da negociação, tendo em vista que outros clubes também negociaram com jogadores do Vasco.
Mas faço um convite pra vocês, irmãos, imaginem o oposto: o Banana (que já tenho vontade de meter a mão na cara desse #$!@%) entra em conflito com a oposição e para prejudica-los vende todas nossas peças a preço de Banana. Imaginem ele vendendo o Pedrinho para o Flamengo por 8 milhões de reais.
Eu acho que a revolta vascaína é absolutamente válida, e podemos dizer que - na prática - o Corinthians não tem nada a ver com isso. Mas se num ocorrido desses por aqui, não seria louvável que os clubes se negassem a negociar com o bandido do Banana?
É muito romântico e utópico pensar dessa forma, sim, mas é um reflexão que devemos fazer sim. Não estou dizendo que o Corinthians errou, até porque sabemos que o Corinthians já há muitos anos é um balcão de negócios e falcatruas e nenhum clube se mobilizou 'eticamente' quanto à isso. Quando a China veio aqui com um mercado completamente desproporcional e destruiu o melhor Corinthians do século deram risada.
No entanto, toda essa discussão da ética esportiva é válida sim. Pois se o que acontece aqui é obscuro e mau-intencionado, no Vasco também é. Enquanto vivermos o egoísmo de rir da desgraça do outro e reclamar quando ela atinge a nossa casa, esses canalhas seguirão mandando e desmandando no futebol brasileiro.
A limpeza parte de uma regulamentação de mercado que funcione de acordo com a economia e inflação do país e ofereça uma proteção legal maior ao patrimônio do clube como ENTIDADE antes que viremos todos empresas, torcedores apaixonados nas mãos de engravatados sujos e mercenários.
em Bate-Papo da Torcida > Mateus Vital e a 'anti-ética corinthiana'