Felipe Soares
Me lembro de quando o Corinthians anunciou Renato Augusto, conhecia o jogador dos tempos de Flamengo, mas via sua chegada com desconfiança. Então, em uma roda de Bar, conversando com um amigo palmeirense contei sobre meu pé atrás em relação ao novo reforço e ele me respondeu 'vc é louco, esse maluco é muita bola'.
Não me convenceu, ainda fiquei com o pé atrás e essa desconfiança durou dois anos, foi quando fui convidado para assistir um Derby na arena do Palmeiras em 2015. Foi com esse amigo do bar, quieto na minha, devo confessar que minha opinião em relação ao Renato já estava mudando, mas nesse jogo ele simplesmente foi Sócrates, como jogou futebol. Olhava ao redor e a torcida estava incomodada com ele, acho que lembraram do Riquelme na Libertadores de 2000.
Hoje, vejo os questionamentos do RA como titular da seleção, quem questiona é simplesmente acéfalo, não existe jogador no Brasil igual a ele, saída de bola, cadência, inteligência, tudo acima da média para a posição dele.
Este texto é pouco para recordar esse gênio, aliás que foi embora muito cedo do Corinthians. Uma pena ele não valia 8 milhões de euros, ele valia muito, mas muito mais que essa pechincha.
