Em dias de jogo do Corinthians, eu não pego jornais na mão, nem leio. Também não acompanho o hino nacional na TV ou no estádio.

Todas as vezes que li jornal ou assisti o hino, deu zica.

No Paca ou na Arena, eu sempre conto 76 passos na hora que estou entrando e grito Vai, Corinthians no 77.

Pelo que jogou contra o Corinthians é um puta jogador. Opção mais estável que o Michael. O Del Valle parece mais com o jeito do Nunes jogar.
Eu queria o Michael no Corinthians, mas vale lembrar que até anteontem o cara tinha problemas sociais que se voltarem ferram com o investimento.

Sua ideia não é ruim. Mas ela está errada pois se baseia no fato de o Corinthians deixar de gastar um dinheiro que tem. Na verdade o dinheiro que deixará de ser gasto não existe. São 70 milhões de economia em cima de 140 de déficit. Ainda falta economizar outros 70.

O Flamengo botou fogo em crianças! É essa economia que o Corinthians precisa?

Mesmo que quite as coisas com a Odebrecht, mesmo que terminem as obras inacabadas no estádio (o Corinthians alega que muita coisa ainda não foi feita), mesmo que venda o Naming Rights por um bilhão:

NÃO PODEMOS NOS ESQUECER DA PALHAÇADA. Brincaram com o Corinthians esse tempo todo. Foram incompetentes em cumprir várias promessas ao longo dos anos.

Qualquer êxito agora não pode apagar os erros do passado. O Corinthians esteve em apuros com essas contas por incapacidade da atual chapa na presidência desde 2007.

É ídolo. Jogou muita bola. Mas as boas decisões fora de campo sempre foram apoiadas em muitos profissionais que não estariam com ele no Corinthians. Ele pagava caro para assessorarem a carreira dele. No Corinthians os cargos não seriam remunerados.

Pra mim, ele encaixaria bem melhor como vice de futebol do que como presidente.

Raramente estou logado no site. Só loguei pra elogiar esse post. Magnífico.

1994 foi um ano especial pra mim, também.

Foi meu primeiro ano de escola. De conviver obrigado com torcedores de outros times. No ano anterior, meus primos palmeirenses e alguns amigos já tinham feito da minha vida um inferno. Mas, eu podia ignorar eles. Me trancava em casa, se não brincasse com ninguém na rua e faltasse das reuniões de família, podia usar minha camiseta do Corinthians sem ser zoado.

Mas, em 1994 foi diferente. Eu tinha que ir para a escola. E eu não podia esconder meu corinthianismo. Meu pai tinha dado muito duro pra comprar qualquer artigo do Timão que eu pudesse ter. Eu não podia pisar na bola e escondê-los. E eu aprendi a lidar com o fato de torcer para o time 'menos campeão' de São Paulo. E eu era perna de pau demais. Péssimo no futebol. Mas, eu usava uns meiões do Corinthians nas aulas de educação física. E as piadas de ser ruim de bola ligadas ao fato de ser corinthiano eram inevitáveis.

Também chorei com a morte do Senna. Também chorei demais com a Copa de 94. Eu me orgulhava demais do Viola estar presente nesse título da seleção.

Obrigado por me fazer viver de novo esse ano.

Aos mais novos, sem saudosismo, sem afirmar que antes era mais legal ou chato do que hoje em dia: quando verem nosso time numa fase ruim, pensem que já estivemos numa situação muito pior.

E 1994 talvez tenha sido um dos anos mais sofridos para ser corintiano. Ao menos pra mim, foi.

O Grêmio jogou muito bem contra um monte de time sem expressão... Sei lá, acho utopia pedir muita bola desse elenco do Corinthians, pra mim é um time muito competitivo, prefiro esse time ao time de 2013, por exemplo...

Pronto, não tenho mais nada a dizer sobre esse campeonato.

Quem ainda não aprendeu, saiba que é um ou outro: ou joga bem, goleia e vai tropeçar num time meia boca, mais focado e que se poupou nos momentos certos; ou, joga como ontem, com o coração na ponta da chuteira fazendo o possível sem irresponsabilidades.