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Libera o homem, professor!

Sornoza tem jogado muito longe dos atacantes do Corinthians

Daniel Fernandes/Meu Timão

Quem planta errado não colhe bons frutos

Opinião de Andrew Sousa

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No início da temporada, Carille tinha planos ambiciosos para o Corinthians. Com o intuito de ter a bola e chegar com qualidade no ataque, o treinador testou uma escalação com Jadson na função de dez e Sornoza, meia armador recém-chegado, aberto pela esquerda. Rapidamente ele viu que não deu certo e mudou de ideia.

Sem fôlego para fazer o lado de campo, o equatoriano foi deslocado para o meio, onde foi destaque do Independiente del Valle que chegou à final da Libertadores e no próprio Fluminense, com um pouco menos de brilho. Com adaptações do time como um todo, porém, o 4-2-3-1 virou uma espécie de 4-1-4-1.

Com isso, Sornoza já não fazia mais a função de camisa 10. Foi recuado para atuar na linha de Júnior Urso, auxiliando Ralf na saída de bola. Combativo por ali, tem seus momentos de importância, desarmando e iniciando jogadas. Mas não é ali que pode mostrar seu melhor.

Alguns torcedores percebem isso e questionam Carille. A grande maioria, no entanto, cai em cima do jogador, que perde cada vez mais confiança entre a torcida. Neste sábado, por exemplo, Régis entrou por dez minutos e o que mais se vê são comentários dizendo que "fez mais que Sornoza em 80". Mas aí é que entra o ponto chave da questão.

Assim como Jadson quando tem oportunidades, Régis entrou no lugar do camisa 7, mas não na mesma posição que ele. Pisou no gramado com liberdade para exercer a função de armador, perto do atacante, tendo a bola perto da área - onde deu bom drible e sofreu falta perigosa.

Enquanto seus concorrentes entram com espaço para ir a frente e chances de brilhar no setor ofensivo, Sornoza segue plantado ao lado de Ralf - muitas vezes, até Ramiro/Urso tem mais liberdade que o equatoriano para atacar.

"A gente colhe o que planta".

O famoso ditado popular, então, ajuda a entender um pouco da situação do gringo. Quando se cultiva um jogador estático e preso a uma função que não é a sua, é exatamente isso que você vai colher.

Carille, "plantar" um meia criativo como Sornoza não lhe dará grandes frutos...

Veja mais em: Sornoza e Fábio Carille .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Andrew Sousa

25 anos, formado em Jornalismo na Univali e fiel desde o primeiro de seus dias.

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216 Comentários Comentar >

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  • Comentários mais curtidos

    Rafael
    Rafael Marques #1.333

    Sornoza joga de volante, Love de auxiliar de lateral, Pedrinho nunca joga no meio, Ramiro se destacou jogando pela direita e nunca joga lá, Richard é primeiro volante e sempre joga de segundo...

    Tem uma lista aí de jogadores que estão jogando em uma posição diferente de onde renderam melhor.

  • Neyjhy
    Neyjhy A.b. #275

    Carille é bom para montar defesa, setor ofensivo não seu forte!

    Não gosto do estilo de jogo que ele propõe!

    Time dentro de casa nem pressiona o adversário, fica recuado só esperando jogar no contra-ataque! Patético!

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  • Todos os comentários (216)

    Ramon
    Ramon Felipe #27

    Tem que dar uma estudada nas características de jogo de cada um, tá cheio de jogador em posição errada convenhamos.

  • Felipe
    Felipe Lacerda #6

    Tá osso!

  • Lucas
    Lucas Silva #1.356

    Quanto ao Régis acredito que seja questão de tempo a titularidade dele nesse time chegar se continuar assim claro, quanto ao Sornoza é um desperdício de talento sem tamanho, o Carille colocar ele pra marcar, correr atrás de atacante... Enfim, uma pena.

  • Gerson
    Gerson Meuamigorasta

    Discordo. O jogador dentro de campo tem que ter personalidade e fazer o que lhe vem na cabeça, como um jogador de "criação " ele tem que ser inteligente dentro das quatro linhas, antever e antecipar as jogadas, saber entender os espaços vazios e notar a movimentação dos atacantes, assim como foi no passe do gol do Love na final do paulista, ali, a única jogada que o Sornoza fez como meia de criação desde que chegou no Timão, no mais, só da passes para trás. As assistências são em bolas paradas (seria perfeito no futebol americano). O que falta no Corinthians é um jogador de personalidade, que assume as funções que o treinador dita mas que também joga com sua inteligência.

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