Meu Timão

Entrar
Ao Vivo

PAL 0 x 0 COR

Brasileiro Feminino 2024

Acompanhe ao vivo
Coluna do Luis Fabiani
ver detalhes

361K 193

Com calma!

Não podemos Lincolinizar os jogadores que vêm da base

Silvia Izquierdo-Pool/Getty Images

Entenda por que o corinthiano deve se preocupar com a situação de Lincoln, do Flamengo

Opinião de Luis Fabiani

visualizações 361K comentários 253 224

Um garoto que desde cedo era monitorado por Barcelona, Manchester City, e outros gigantes europeus, que colecionou artilharias pelas categorias que passou, e que era constantemente convocado para seleções de base, carregava, com razão, uma enorme expectativa de quem o acompanhava. Lincoln, no auge de seus 15 anos de idade, era constantemente comparado com jogadores de sucesso na sua posição, e via seu nome ser cada vez mais pedido no elenco profissional.

Não tardou para que os pedidos da torcida fossem atendidos. Em 2017, ainda com 16 anos, foi chamado para suprir a ausência de Paolo Guerrero, suspenso após o famoso caso de doping. Lincoln virou profissional aos 16 anos, com 1 ano de sub-17 e alguns meses de sub-20. E essa foi sua categoria de base. Desde então, o atacante não desceu mais para os juniores. Passou os três anos seguintes tendo raras oportunidades no time profissional.

Quem acompanha diariamente os jogos de categorias de base, sabe o quão importante é a competitividade. Nos jogos, são notadas as deficiências que serão corrigidas posteriormente por treinadores, auxiliares ou preparadores. Portanto, o Flamengo abriu mão da competitividade - e de uma potencialização de um de seus grandes talentos - para atender um pedido da torcida de ver Lincoln entre os profissionais.

O nome de Lincoln, após três anos ociosos no profissional, voltou a ganhar evidência recentemente, ao ser rebaixado para o elenco Sub-20 do Flamengo. Tardiamente, buscaram corrigir algumas deficiências do atleta que deveriam ter sido corrigidas lá atrás. É uma aula de como não evoluir um atleta de alto potencial, já que 3 anos de sua etapa de formação foram desperdiçadas.

Mas Luis, como isso impacta o corinthiano?

O Corinthians, à beira de um colapso financeiro, tende a olhar com mais carinho para a base em 2021. Buscar atletas nas categorias de base é um movimento certeiro, mas que exige muita cautela para obter sucesso. Na realidade, o jovem jogador que não der uma resposta imediata em campo, dificilmente se firmará na equipe profissional. E são raríssimos os casos de jogadores como Xavier, que são alçados à equipe de cima já em condições de tomarem conta da posição que disputam.

O Corinthians hoje é protagonista nas competições Sub-20 que disputa. Além disso, possui 3 atletas que recorrentemente estão nas convocações da Seleção Brasileira de mesma categoria. Mas num cenário hipotético, onde vão mal nas primeiras partidas no profissional, já seriam emprestados a outros clubes ou devolvidos às categorias inferiores.

E justamente aí que entra a necessidade de possuir uma equipe Sub-23 que funcione plenamente. Ali seria uma primeira experiência profissional do atleta, sem pressão externa e com cautela para corrigir o que há de ser corrigido.

Não podemos "Lincolinizar" os jogadores que vem da nossa base. A normal empolgação da torcida há de ser substituída por processos eficazes de formação. O final da crise do Corinthians passa, em partes, por uma boa utilização de seus ativos.

Veja mais em: Base do Corinthians .

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Por Luis Fabiani

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Há três anos, acompanhando a base do Corinthians diariamente pelo Meu Timão.

Confira mais novidades do Corinthians

193 Comentários Comentar >

2000 caracteres restantes
  • Comentários mais curtidos

    Wagner
    Wagner Cavalcante #3

    O problema é que pensam que o cara jogar bem na base é certeza de que vai arrebentar no profissional, os gols que esse Lincoln perde é coisa de pé de rato, caneludo que provavelmente era craque na base porque a mídia puxa saco do timeco carioca já o pintavam como novo Ronaldo. Só ver exemplos de Paquetá, Vinicius Jr e Rennier que são jogadores comuns que a mídia colocava como futuros craques, fora outros nomes que não preciso falar. Na nossa base também tem revelado muito cara ruim e poucos bons, o motivo deve ser o cartaz que dão para os empresariados pelos influentes dentro do clube.

  • Bernardo
    Bernardo Sá #22

    Janderson é melhor que esse pé de rato kkkk

  • Publicidade

  • Todos os comentários (253)

    sandro
    Sandro Rogério #119

    Verdade, mas não quero saber de urubu, que vão tomar na rima

  • Jos�
    José Vieira Apoiador

    Perfeito. Mas podem ir lançando aos poucos, em jogos já definidos. Mas deixando jogar na base também

  • Paulo
    Paulo #4.401

    Toda essa merda para passar um pano para o sub-23 que ridículo! 500 mil jogadores no sub-23 pra trazer para o profissional: Everaldo, jonathas cafu, mosquito entre outros vão a merda a diretoria do clube é o abençoado que usou o Flamengo para justificar o asneira que eles fizeram com o sub-23 gostando o que não tinha para trazer jogadores que n vingaram nem em times de menor expressão

  • Torcedor
    Torcedor #129

    Discordo, e o exemplo disso é o Santos. Olha quantos jogadores abaixo de 20 anos estão no elenco profissional e dando conta do recado.

    Muito relativo isso. Jogador bom pega a camisa e joga. A base é importante mas não pode servir de muleta pra insucessos de jogadores. É só lembrar do Lulinha. Foi um Pelé na base mas por falta de personalidade não brilhou como profissional.

    Como disse, bem relativo isso. Pra mim, se é bom tem que jogar, se não render paciência, mas tem que ter oportunidade.

Especiais do Meu Timão

Você está acessando o site mobile do Meu Timão.

Acessar versão Desktop.

Acessar versão desktop