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Carta marcada
A cobrança que precedeu a queda
Opinião de VinÃcius Souza
A queda de Loss pode até ter sido consumada nesta noite de quarta-feira, após a merecida derrota do Corinthians por 2 a 1 para o Ceará no Castelão.
Mas para quem acompanha futebol há certo tempo, a demissão do treinador (ou rebaixamento, já que ele volta ao posto de auxiliar) era carta marcada. Ao menos desde o último dia 20 de agosto.
Você corinthiano e assíduo leitor deste portal deve se recordar com facilidade. Nos dias seguintes à derrota para o Grêmio na Arena, Loss foi cobrado internamente pela diretoria.
Cobrado não apenas pela oscilação do time sob seu comando mas pela variação constante de esquemas táticos em um curto período. Naquela derrota por 1 a 0, por exemplo, o Meu Timão notou quatro formações distintas em 90 minutos, como o Saudações Corinthianas esmiuçou no vídeo abaixo:
Ficou nítido que o trabalho conduzido pelo ex-técnico do Sub-20, que chegou a ter lampejos promissores (como o 4 a 1 no Vasco da Gama em Brasília), não tinha a confiança da alta cúpula do clube.
Cada treinador tem suas escolhas e convicções. Se Loss ainda não havia definido um esquema ideal àquela altura do campeonato, é porque achava melhor assim – não me pergunte como.
Certa ou não, a contestação disso por parte de Andrés & cia. só externou o que viria a seguir: o fim da primeira passagem de Loss, que deixa o posto com o mesmo número de vitórias e derrotas (dez), além de cinco empates. Um aproveitamento de 46,6%.
Desejo muita sorte a Osmar. Que permaneça no Corinthians e, quem sabe, volte mais calejado e preparado num futuro próximo. Capacidade, pelo menos na base, já mostrou que tem.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.