O atacante Alexandre Pato, hoje emprestado ao São Paulo, segue um acordo selado em seu contrato que previa que o jogador não atuasse contra seu ex-clube. Por isso, deverá estar de fora do próximo Majestoso, válido pela Libertadores.
Entretanto, a tese defendida pelo Dr. João Chiminazzo, advogado especializado em Direito Desportivo e ligado ao Bom Senso F.C., e que é uma garantia dos trabalhadores é de que eles possam exercer livremente sua função, garantindo um princípio de direito e está na nossa Constituição. Por isso, o atacante poderia entrar com uma ação na Justiça que o possibilitasse a vestir a camisa do São Paulo contra o Timão.
"A partir do momento que você impõe uma multa pra que um atleta jogue um determinado jogo, você está proibindo ele de exercer livremente a sua profiss&atil de;o. Por isso, entendo eu que, se o Pato quisesse recorrer ao setor Judiciário, fatalmente ele autorização para jogar amanhã", afirmou o advogado em entrevista à Rádio Transamérica.
Defendendo um princípio geral de direito, Dr. João Chiminazzo explicou como a CBF transformou essa situação irregular em lei. Além disso, lembrou que a questão do Pato é de direito do trabalho e por isso não seria proibida pela FIFA, e o clube São Paulo não poderia se envolver de forma direta nesse caso.
"Eu entendo que o seria mais prudente que o Pato fosse à Justiça antes e tentasse a liminar, para evitar qualquer risco para o São Paulo. Acho que ele tem total condição de jogar, inclusive com aval judicial. Só para deixar claro que não é nenhuma teoria mirabolante, um fato importante: a CBF editou um regu lamento recentemente que traz em uma de suas cláusulas a proibição desse tipo de disposição em contrato, ou seja, a partir de março deste ano a CBF já diz que é proibida a cláusula que cobre multa ou que impeça um jogador de jogar emprestado", ressaltou.
Quando questionado se o atacante teria o procurado, revelou: "O Pato não me procurou, tive algumas ligações de pessoas ligadas a ele. Mas a gente sabe como é o meio, até o momento não tive nada. Vamos fazer o possível para tentar colocar o Pato em campo amanhã".
Perplexo com a atitude dos clubes, atestou que do ponto de vista jurídico, o atraso de direito de imagem do time do Parque São Jorge com o atacante pode não interferir no caso. No entanto, deve haver um juiz de plantão, para casos como esse. E essa decisão não tem prazo, podendo sair até pouco antes da partida desta quarta-feira, que ocorre às 22h, no Morumbi. Concluindo, Chiminazzo afirmou que o Corinthians não precisaria ser avisado dessa decisão.