As investigações da Lava Jato que apontaram a Arena Corinthians como palco de irregularidades foram questionadas por Andrés Sanchez, coordenador do estádio. Em entrevista concedida ao jornal Lance! e publicada nesta quarta-feira, o ex-presidente do Corinthians fez acusações e insinuações a respeito da veracidade da operação comandada pela Polícia Federal.
No dia 22 de março deste ano, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, citou obras da Arena Corinthians como indícios de pagamento de propina por parte da Odebrecht . Andrés Sanchez, por sua vez, o acusou de mentiroso.
Ao ouvir da reportagem que "recentemente a Arena foi citada na operação Lava Jato", Andrés interrompeu e afirmou: "Não foi, mentira".
O Lance! retruca dizendo que foi o procurador quem falou. E então o cartola argumenta: "E ele não mente?".
Fato é que a Polícia Federal levou coercitivamente, na época, André Luiz Oliveira, o André Negão, vice-presidente do clube, para prestar depoimento por conta das suspeitas de recebimento de R$ 500 mil da Odebrecht . O dirigente do Corinthians chegou a ser preso na operação por porte ilegal de armas, mas pagou fiança e foi liberado .
Ao ser questionado sobre o tema quase três meses depois, Andrés Sanchez evitou colocar a mão no fogo pelo companheiro de chapa e chefe de seu gabinete como deputado federal.
"O tempo vai dizer. Falei com ele, ele me disse algumas coisas, vamos ver. Garanto que com a Arena não tem nada a ver. Nada. Ele não era diretor, não ficava na Arena, não vinha na Arena... Até eu to tentando entender. E se tiver propina, vai ser devolvido ao Corinthians, o clube é vítima", explicou.