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Construção da Arena Corinthians envolveu esquema obscuro entre empresas

Agência Corinthians

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Em nota oficial, diretoria do Corinthians volta a falar sobre contratos da Arena

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O Corinthians voltou a se manifestar, por meio de nota oficial, sobre os contratos escusos da Arena em Itaquera. Com um texto assinado pelo presidente Roberto de Andrade, o clube se coloca como vítima da história envolvendo a Odebrecht e duas empresas que participaram da construção do estádio alvinegro.

A nova nota é referente a matéria publicada na última segunda-feira, 14, pelo Globo Esporte. Nela, e-mails comprovam a participação do fiscal do clube, o arquiteto Jorge Borja, nas negociações com a empresa Temon.

"O fato de um fiscal contratado pelo clube concordar com algo tão absurdo, afasta exatamente o objetivo principal do seu trabalho, ou seja, fazer com que a construção da Arena fosse realizada de acordo com o contratado e os princípios da boa fé", diz o texto.

Borja teria indicado a Temon, mesmo com uma empresa oferecendo uma proposta de cerca de R$2 milhões mais barata. A sugestão foi enviada por e-mail para o vice-presidente de marketing do Timão, na época, Luis Paulo Rosenberg. Ele negou que tenha autorizado o arquiteto a assinar os contratos com as divisões de verbas.

A nota também rebate a declaração de um representante da Temon , que afirmou ser uma prática comum no mercado. "Da mesma forma, ao afirmarem que se trata de 'prática normal de mercado', esqueceram-se do mais básico: existe um terceiro que paga a conta, o aqui prejudicado, o Sport Club Corinthians Paulista", afirmou o clube.

Quando a história da divisões do dinheiro economizado nas obras da Arena foi divulgada, o clube também emitiu uma nota oficial sobre o assunto, bem semelhante a divulgada nesta quarta-feira. Na ocasião, o presidente Roberto de Andrade confirmou a denúncia e considerou as acusações muito graves .

Confira a íntegra da nota oficial divulgada pelo Corinthians

Eu, como Presidente do Corinthians, em relação à matéria veiculada em 14/11/16 no GloboEsporte e Globo.com, venho por meio desta ressaltar que:

Tais fatos, assim como colocado em anterior Nota Oficial do Clube, são graves e, só a "combinação" entre a construtora e fornecedores desta, já demonstram, no mínimo, sério descumprimento contratual, motivo pelo qual possível superfaturamento já havia sido citado em Nota Oficial anterior.

O fato de um fiscal contratado pelo Clube concordar com algo tão absurdo, afasta exatamente o objetivo principal do seu trabalho, ou seja, fazer com que a construção da Arena fosse realizada de acordo com o contratado e os princípios da Boa Fé.

Tal fato, divisão de percentuais de valores entre a Odebrecht e seus fornecedores citados, com a aceitação do fiscal do Corinthians, além do afirmado pelo engenheiro da construtora Ricardo Corregio, que o clube sabia de tudo e concordava, não podem ser aceitos, pois se contratado do clube se uniu com prestador de serviços deste para lesá-lo, isto faz a instituição (Corinthians) vítima de ato ilícito e/ou danoso por parte de todos que participaram, devendo cada um ser responsabilizado pelos suas condutas praticadas.

Da mesma forma, ao afirmarem que se trata de "prática normal de mercado", esqueceram-se do mais básico: existe um terceiro que paga a conta, o aqui prejudicado, o Sport Club Corinthians Paulista.

De acordo com o veiculado na própria matéria, o Aditivo Contratual de 29 de Novembro de 2011, teve na sua Cláusula 2.3 a "inserção do novo item 14.4.2" no Contrato de Construção do Estádio, exatamente para definir a conta corrente de itens de "Verbas Orçamentárias".

Esta Cláusula foi colocada para regular com clareza possíveis gastos adicionais em relação a valores que foram definidos em orçamento feito, diga-se, pela construtora, e ao mesmo tempo, quanto a outros em que se gastasse menos. Uma conta corrente!

Por fim ratifico, que tais fatos são muito negativos em relação à conduta, principalmente, da construtora, que os mesmos já faziam parte dos levantamentos feitos pela Auditoria Geral da Obra da Arena Corinthians, e que maior aprofundamento ainda está sendo feito nestes trabalhos, no Brasil e no exterior.

Roberto de Andrade

Veja mais em: Arena Corinthians.

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