Assim que Walter se lesionou em Curitiba, na vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre o Atlético-PR, os olhares se voltaram para o banco de reservas. O técnico Fábio Carille chamou seus dois goleiros reservas, conversou e lá foi Caíque França assinar a súmula e entrar em campo para substituir aquele que já substituía Cássio.
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Mas por que Caíque e não Matheus Vidotto? Por que o garoto de 22 anos e não o menos inexperiente de 24 anos? Por que o goleiro que foi chamado nas categorias de base da Seleção Brasileira e até por Felipão na principal foi preterido diante de outro que não tem todo esse currículo?
A resposta é simples: por culpa do próprio Matheus Vidotto, que trocou a chance de iniciar a temporada como terceiro goleiro do Corinthians pelo futuro sonho no futebol europeu. Tudo ocorreu logo nos primeiros dias do ano, na reapresentação do elenco após as férias.
Assim que chegou ao CT, Vidotto explicou que precisaria ir à Itália para finalizar a burocracia do passaporte do país de seus avós. Isso teve como consequência a ausência na delegação que viajou para a disputa da Florida Cup, torneio nos Estados Unidos que o clube voltará a disputar no início do próximo ano. O Timão viajou com Cássio, Caíque França e Diego, terceiro goleiro da Copinha que já tinha visto americano e foi chamado às pressas - Walter, lesionado, passaria por cirurgia.
Aquela decisão de Vidotto acabou influenciando durante toda a temporada. No último jogo do Paulistão, contra Linense, na Arena Corinthians, Carille resolveu dar um descanso para Cássio. O escolhido para substitui-lo? Caíque França, que atuou sem maiores problemas na vitória alvinegra, por 3 a 1.
Sábado, às 19h, contra o Avaí, em Itaquera, Caíque França dará sequência ao sonho de se estabilizar como goleiro do Corinthians. Vidotto, que mantém o sonho europeu, estará no banco de reservas da Arena Corinthians.