A Arena Corinthians foi, na noite desta quarta-feira, antes da partida contra o Mirassol , palco de uma série de ações em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quinta, dia 8 de março. De distribuição de tatuagens temporárias com a mensagem "Não é Não" a uniforme da equipe masculina comemorativo , o estádio abriu o devido espaço às mulheres e à importância de se combater o assédio e a violência contra elas.
Em entrevista na zona mista da Arena, Milene Domingues, ex-atleta da equipe feminina do Corinthians, pediu respeito às mulheres e visibilidade à categoria feminina que, em pleno 2018, ainda busca visibilidade e igualdade de direitos.
“É um pouco de respeito. É tudo na vida, em qualquer âmbito. Quando se tem respeito, as coisas andam de uma forma melhor. Aproveitamos a semana do Dia da Mulher... A gente vê infelizmente a violência doméstica crescer demais e isso muitas vezes aparece um pouquinho na televisão e acaba. Medidas protetivas não são cumpridas. Não vai além disso. Se nós mulheres nos unirmos, a mensagem chega um pouquinho mais longe. Vamos aproveitar essa semana para colocar isso mais forte. E o Corinthians sempre tem um âmbito de pessoas para pegar muito maior, é um grande clube. Vamos aproveitar o Corinthians feminino também. Não é não!”, disse Milene, nomeada embaixadora do Corinthians .
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“As condições que hoje o Corinthians tem com as garotas é um salário que infelizmente não é comparável a um masculino, mas elas já podem viver disso. Na época em que eu joguei, todas tinham de ter uma segunda profissão. Futebol feminino ainda não era uma profissão. Apesar de ainda não haver o apoio e a atenção devidos, existe um campeonato, clubes que dão infraestrutura”, acrescentou a ex-atleta, acompanhada do filho Ronald.
Corinthians abraçou campanha de combate ao assédio sexual e à violência contra a mulher
Divulgação
Vice-presidente do Corinthians, Edna Murad prestigiou a campanha e ressaltou a importância de dar voz às mulheres. “Eu acho que a minha presença, como primeira vice-presidente do Corinthians, já é uma indicativa que o clube está dando espaço para as mulheres. Está dando exemplo para outros clubes, outras instituições, outros grupos, enfim, que as mulheres têm de estar onde elas querem estar. A campanha, o Corinthians, Time do Povo, maior time do Brasil para mim e para outros 33 milhões de torcedores, acho que é uma visibilidade muito grande e pode influenciar positivamente o resto da sociedade”, declarou.
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A ação contou com a participação do coletivo "Não é Não", frase adotada no espaço máster do uniforme do time feminino. Já a equipe de Fábio Carille entrou em campo com a hashtag #RespeitaAsMinas no principal espaço de seu uniforme.
“O machismo está difícil de sair da sociedade, ele está enraizado. Mas ele vai sair, aos poucos, mas vai sair. As campanhas são importantes para as novas gerações até influenciar os mais antigos, que são mais resistentes. Todo trabalho que se fizer na direção para acabar com machismo, racismo, xenofobia, misoginia, qualquer 'ia' ruim, acho que é um caminho certo, um caminho bom para melhorar nossa temporada”, completou Edna.
#RespeitaAsMinas #VaiCorinthians pic.twitter.com/yyr2Yw58IK
— Meu Timão (@MeuTimao) March 7, 2018