O surto do novo coronavírus trouxe algumas incertezas para o futebol brasileiro. Não bastasse a preocupação natural da pandemia, todas as competições nacionais foram suspensas por tempo indeterminado e ainda não dá para prever quando a bola voltará a rolar no Brasil - confira as previsões .
Para debater o futuro do futebol no país, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) voltou a se reunir com clubes da Série A e B nesta terça-feira, através de uma videoconferência. Conforme divulgado pelo jornal O Dia, Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, foi um dos cartolas que se manisfestaram durante a reunião.
Numa tentativa de "defender" outras equipes brasileiras, o mandatário alvinegro ressaltou a importância de manter o Campeonato Brasileiro com 38 rodadas.
"Para deixar bem claro que o Brasileiro tem 38 rodadas. A gente não vai abrir mão disso. Isso é muito importante para cumprir todos os contratos. O Campeonato Brasileiro terá 38 rodadas?", disse o corinthiano.
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Na sequência, Rogério Caboclo, presidente da CBF, respondeu que não seria possível adiantar qualquer previsão sobre a principal competição do Brasil. De acordo com o dirigente, será necessário esperar o pico da pandemia em território nacional para planejar um retorno para a modalidade.
"Seria muito simples dizermos isso. Mas infelizmente não sabemos se nós voltaremos em junho, em julho, em agosto ou em setembro. Então, antecipar que garantimos 38 rodadas, neste momento não é possível. É o desejável. Vamos dizer que é tudo que nós queremos. Faremos o impossível e o impossível. Mas não podemos declarar que nós vamos fazer. Não temos prazo para dizer e decretar alguma coisa que a gente não consegue cumprir. Eu tenho falado para algumas pessoas. Lamentavelmente, o vírus não tem o meu celular para combinar uma data para parar com tudo isso", detalhou.
"Vamos fazer o possível e o impossível para cumprir todo o calendário. Só para não esquecer, eu queria falar sobre ajuda financeira também. A CBF fez uma antecipação aos árbitros. Deverá fazer outra no mês que vem de cotas. A CBF já antecipou aos clubes da Série B algo em torno de 12 milhões de reais. Em relação a Série C e D, que são desprovidas de cotas, por uma questão de justiça, assim como a Série A 1 e 2 do Feminino, destinamos uma cota de 19 milhões de reais para esses clubes, que são os menos favorecidos e mais 3,5 milhões de reais para as Federações. Ou seja, a CBF já contribui em investimento e antecipações cerca de 36 milhões de reais até esse momento", concluiu.