O mês de abril se foi, e o Corinthians segue com indefinição quanto à votação das contas de 2019. Paralelamente, o clube já deve nas próximas semanas dar os primeiros passos formais pela realização das eleições de presidente e chapinhas, mantidas para novembro.
Reunião do Conselho Deliberativo que aconteceria no último dia 27 foi suspensa. O Corinthians e outros clubes do país tomam como base a MP (Medida Provisória) 931/2020, que dá até três meses a mais para instituições como o Corinthians apresentarem as contas diante do cenário de quarentena imposto pela pandemia da Covid-19. Normalmente o prazo é o mês de abril.
O entendimento no Corinthians é de que não há condição de realizar a votação eletronicamente. Um primeiro argumento: boa parte dos mais de 300 conselheiros, principalmente os vitalícios, em função da idade, teriam dificuldade para operar o eventual sistema virtual.
Também é praticamente consenso no Parque São Jorge que trata-se de um assunto sério, com possibilidade real de reprovação das contas, e portanto se faz necessário o encontro presencial. Uma eventual reprovação dos números de 2019 pode gerar pedido de abertura de processo de impeachment contra o presidente Andrés Sanchez .
O último balanço divulgado pelo Corinthians diz respeito ao primeiro semestre de 2019, com déficit de R$ 94,9 milhões. Há no clube quem tema que esse valor possa chegar a R$ 170 milhões. O endividamento total, com esse valor, alcançaria a casa dos R$ 700 milhões.
E a eleição?
Num primeiro momento, está fora de cogitação o adiamento das eleições agendadas para novembro. O clube espera estar liberado pelas políticas municipal e estadual para já funcionar de portões abertos até lá.
Espera-se que até o próximo dia 15 de maio, inclusive, o presidente do Conselho Deliberativo, Antonio Goulart dos Reis, nomeie a comissão eleitoral. Um grupo de conselheiros será responsável por receber inscrições de chapinhas e candidatos à presidência.
Já sinalizaram extraoficialmente com candidaturas o ex-presidente Mário Gobbi Filho e os conselheiros Paulo Garcia e Augusto Melo. Atual presidente, Andrés Sanchez ainda não decidiu se lançará um candidato da situação ou apoio a outro grupo político.