Nos últimos dias, o acordo entre Corinthians e Paulo André após processo do ex-zagueiro foi assunto entre torcedores. Em 2018, o clima foi parecido após Chicão vencer o clube na Justiça. Questionado sobre o tema, o ídolo da Fiel lembrou que tentou resolver as coisas de forma extraoficial, diretamente com a direção.
"Deixar claro ao torcedor que eu entrei com direito de arena, não de adicional noturno, não de jogos no final de semana. Isso daí eu jamais entraria porque, quando assinei o contrato, sabia que era isso que iria fazer. Queria entender por que eu recebi 5%, para onde foram parar os outros 15%, esse dinheiro é do atleta. Isso, por lei, é do atleta, e a gente precisa saber onde está esse dinheiro", pontuou, em entrevista à Fox Sports - Paulo André também negou ter cobrado o clube por jogos aos fins de semana .
Procurei pessoas do clube para conversar sobre isso, e não deram atenção, não falaram nada. Fui procurar os meus direitos, tenho um respeito muito grande pelo clube, não por algumas pessoas que dirigem o clube, porque tem algumas pessoas que levam para o lado pessoal. Quando saí do clube, conversei com algumas pessoas para resolvermos isso e não termos essa questão. Eu cito até o Flamengo, eu saí de lá e eles ficaram me devendo sete meses de direito de imagem. Liguei para o Flamengo, foi muito simples: você consegue segurar agora, Chicão, esses sete meses de 2015? E resolvemos a situação, não precisou de nada disso. Infelizmente, no Corinthians, aconteceu isso”, completou.
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Na época, vale lembrar, o defensor foi aos tribunais para cobrar uma diferença de 5% para 20% dos direitos de arena que tinha a receber do clube. A ação o fez receber críticas de alguns torcedores e até de Andrés Sanchez. Mesmo sem guardar mágoas, Chicão não esconde o que sente pelo mandatário alvinegro. E para falar sobre, citou até declaração recente de Alexandre Pato .
"Faço das palavras do (Alexandre) Pato, que ele disse há um tempo atrás, que nem tudo o que ele (Andrés) fala é verdade. Eu nunca tive nada com ele, se eu tivesse, falaria agora. Nunca tive desavença com ele, mas tenho certeza que ele lembrou dessa ação e falou aquilo. Não tenho nada contra, não guardo mágoa, mas é um cara que não tenho um carinho especial. Se é para fazer alguma coisa pelo clube, eu faço, por ele não", completou.
Mesmo com o processo, Chicão continua na galeria de ídolos de boa parte da torcida do Corinthians. Ao todo, foram 247 jogos, com 42 gols marcados e os seguintes títulos: Paulistão (2009 e 2013), Série B (2008), Copa do Brasil (2009), Brasileirão (2011), Recopa Sul-Americana (2013), Libertadores e Mundial (2012).