O Corinthians foi campeão brasileiro em 1990, conquista celebrada neste domingo com o lançamento da camisa em homenagem aos 30 anos do título e revivida na TV Bandeirantes, a partir das 16h (de Brasília). Pouco menos de um mês antes daquele 16 de dezembro, porém, o clube ficou muito próximo de um vexame histórico.
Depois de um bom primeiro turno, o Timão capengava na segunda metade do torneio, mas estava praticamente garantido no mata-mata pelo regulamento do torneio. A equipe receberia na última rodada o Internacional, já eliminado e brigando contra o rebaixamento, no estádio do Pacaembu, e só uma catástrofe a tiraria do mata-mata.
Para entender: o regulamento do Brasileiro previa dois grupos e dois turnos. No primeiro, o grupo jogava entre si. No segundo, jogava contra as equipes da outra chave. Os campeões de cada grupo em cada turno asseguravam as primeiras quatro vagas para o mata-mata. As outras quatro estavam reservadas para as quatro melhores campanhas no geral, afora dos campeões dos grupos.
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Segundo colocado no Grupo A do primeiro turno, o Timão praticamente administrou seus pontos na segunda metade e chegou à rodada decisiva com 98% de chance de classificação, segundo a Folha de S. Paulo. No dia do jogo, aliás, mais se falava em a equipe golear o Internacional para ter vantagem no mata-mata do que em se classificar para a fase seguinte.
Para que o clube do Parque São Jorge não se classificasse era necessário uma grande combinação de resultados, envolvendo jogos de São Paulo, Palmeiras, Santos, Bahia, Bragantino e Goiás. Pois bem, quase todos prejudicaram o Corinthians, inclusive o dele próprio, menos o duelo entre os goianos e a Portuguesa.
Enquanto os corinthianos levavam 3 a 0 do time gaúcho em pleno Pacaembu, o Goiás precisava de apenas um empate no Canindé para assegurar sua vaga no mata-mata. A Portuguesa, porém, marcou com Vagner Mancini e Ézio, fazendo um 2 a 0 essencial para a classificação dos alvinegros.
Com o resultado, o Timão teve a quarta e última vaga no índice técnico para o mata-mata. Um empate faria os esmeraldinos ultrapassarem os alvinegros no saldo de gols, grande "calcanhar de Aquiles" da equipe de Nelsinho Baptista. E o ano de 1990 pouco simpático seria à história corinthiana.