Título brasileiro de 90 foi 'novo 77' no Corinthians e eternizou de Neto a Matheus
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Por Tomás Rosolino
O corinthiano começa a reviver neste domingo o título do Campeonato Brasileiro de 1990, o primeiro da sua história. Mesmo dia do lançamento do novo uniforme em homenagem à conquista, e da exibição da partida contra o São Paulo na íntegra, na TV Bandeirantes, às 16h (de Brasília), a data precede a festa pelos 30 anos do troféu que eternizou figuras no clube.
Talvez não tão celebrado quanto, aquele Brasileiro pode tranquilamente ser tratado como uma nova edição do título paulista de 1977, até hoje visto como o mais importante da história do clube do Parque São Jorge. Foi a consagração nacional que nem Rivellino nem Sócrates haviam sido capazes de alcançar.
Os jornais da época trataram assim o título celebrado após o 1 a 0 frente ao rival, à época recheado com três titulares do tetracampeonato mundial da Seleção, em 1994 (Cafu, Leonardo e Raí), além de Telê Santana no banco de reservas. "O sonho de 80 anos, enfim, foi realizado", escreveu a Folha de S. Paulo.
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Dentre as figuras da equipe, a que mais se relacionou ao triunfo foi o meia Neto. O craque Neto, como ficou conhecido nos dias de hoje, cresceu muito no mata-mata e foi a referência técnica daquela equipe. "Entrei para a história do clube, nunca mais vão me esquecer", profetizou, com exatidão ímpar, depois de admitir que havia "carregado o time das costas".
Outra figura que tem naquele Brasileiro uma taça eternizante é o presidente da época, Vicente Matheus. Exercendo seu oitavo mandato à frente do clube, ele finalizou uma história iniciada em 1959 com o troféu que expandiu as fronteiras corinthianas. Foi também o único elo ativo entre 1977 e 1990, já que era presidente em ambas ocasiões.
"Esse título é, antes de tudo, uma festa do povo brasileiro. Existe corinthiano em todos os cantos do Brasil", declarou Matheus, exaltado como "santo" e "maior do mundo" pelos torcedores, segundo a Folha, durante a comemoração. Um mês depois, ele veria sua mulher, Marlene, ser eleita ao cargo de presidente. Matheus, já como lenda, morreu em 1997.