O Corinthians fechou o ano fiscal de 2020 com um déficit de R$ 123 milhões . A situação teria sido muito pior se não fosse a receita com a venda de jogadores. O balanço financeiro do clube, divulgado no último sábado , mostrou que o Timão teve o ano mais exitoso de sua história com a transferência de atletas. O valor total: R$ 189,2 milhões.
Esse valor supera a temporada de 2016, quando o clube vendeu seus campeões brasileiros para China (Gil, Ralf, Jadson e Renato Augusto), França (Malcom e Love), Portugal (Felipe, Elias e André) e Espanha (Pato e Luciano), somando R$ 144,4 milhões - o terceiro ano mais exitoso foi em 2018, com R$ 118,9 milhões.
O montante de R$ 189,2 milhões em 2020 foi atingido com a transferência de sete jogadores. O destaque, claro, para Pedrinho, vendido ao Benfica. As vendas foram:
- Júnior Urso para o Orlando City, dos Estados Unidos: R$ 3,4 milhões;
- Clayson para o Bahia: R$ 3 milhões;
- André Luis para o Daejeon Citizen, da Coreia do Sul: R$ 11 milhões;
- Gustagol para o Jeonbuk Motors, da Coreia do Sul: R$ 13,7 milhões;
- Pedro Henrique para o Athlético-PR: R$ 6 milhões;
- Carlos Augusto para o Monza, da Itália: R$ 25 milhões;
- Pedrinho para o Benfica, de Portugal:
A venda do atacante André Luis para o Daejeon Citizen, vale destacar, foi definida entre os clubes, mas o Corinthians levou calote dos coreanos. O dinheiro foi contabilizado no balanço, mas não entrou na conta corrente do clube. A Fifa já foi acionada.
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Essa maior receita da história corinthiana, como não poderia ser diferente, tem a ver com a transferência de Pedrinho ao Benfica, que é a maior venda de um jogador do clube em 110 anos. O prata da casa foi a Portugal por € 18 milhões (cerca de R$ 117 milhões, à época).
É preciso ressaltar que o Corinthians não tinha 100% dos direitos econômicos desses jogadores. Pedrinho, por exemplo, renderá na prática 70%; Enquanto Gustagol, na prática, renderá apenas 30% do valor (já havia recebido R$ 1,5 milhão do Internacional por outros 15% no começo de 2020).
Além da transferência desses atletas, o Corinthians recebeu dinheiro por empréstimos e também por meio do mecanismo de solidariedade da Fifa, que garante aos clubes formadores uma fatia de até 5% das transferências quando os atletas são vendidos após sair do clube (ex: Malcom, quando trocou o Barcelona, da Espanha, pelo Zenit, da Rússia).