O Corinthians não vem conseguindo evitar sofrer gols no Campeonato Brasileiro. Nos últimos nove jogos disputados na competição, a equipe sofreu oito gols. A sequência é a seguinte: Juventude (1), Atlético-GO (1), América-MG (1), Palmeiras (1), Red Bull Bragantino (2), Bahia (1), Sport (1), São Paulo (1) e Internacional (2), passando em branco apenas diante do Fluminense.
Números que não parecem preocupar Sylvinho. Após o duelo deste domingo com o Internacional , no Beira-Rio, o treinador corinthiano foi questionado pela reportagem do Meu Timão sobre essa sequência de jogos sendo vazado. E rechaçou qualquer problema no setor defensivo.
"Números se interpretam. Somos a quarta melhor defesa. Entramos pra não tomar gol, trabalhamos todo o time, defendemos em 11, atacamos com oito... temos interação completa. Mas tem adversário do outro lado, com qualidade, nós não combinamos com eles como vai ser. Tem nomes bons do outro lado, que há pouco tempo disputavam títulos", começou o treinador, citando a "briga" pelo título do Brasileirão 2020, na qual o Internacional participou e terminou como vice-líder.
"Nosso mérito foi dar a volta em cima desse time. Peguem as estatísticas de quem consegue dar a volta e vencer. Nós no caso não vencemos, ficamos no detalhe, por um gol. Virar o jogo por 2 a 1 seria difícil, mas trabalhamos todos os setores, entendemos o que está ocorrendo. Queria ser a primeira melhor defesa, vamos trabalhar para isso, é o que queremos. Eles estão conectados, falam do nosso ambiente, da metodologia, da forma de trabalho, do respeito de cada um. Nós temos respeito com eles, todos, e eles com a gente", completou.
Atualmente, o Timão possui a quinta melhor defesa da competição. Em 28 confrontos disputados, Cássio viu sua meta ser vazada 26 vezes. A equipe alvinegra caiu no ranking após levar dois gols do time gaúcho. Antes, disputava o quarto lugar com Flamengo e Atlético Goianiense, ambos com 24 tentos sofridos.
Por fim, Sylvinho contou, em um nível de desabafo, sobre a rotina de preparação para os jogos. O técnico, em resumo, ressaltou o empenho e tempo que se dedica ao clube e a seus jogadores.
"Se tiver que ficar 14 horas eu fico, porque tem que falar com todos, olhar olho no olho. Tive 15 anos de atleta, sei exatamente o que o atleta pensa de quem está aqui, por isso gasto horas, suor e sangue com eles. Quando estou trabalhando, estou ausente da família porque sei o quanto precisam de mim pra ficar alinhado com eles e com diretoria e presidente. Tratar todos bem, sempre. Me preparo pra conversar com vocês também. Saio de um jogo pesado, 48 horas estudando o jogo, time duro, me preparo pra jogo, coletiva, para falar com vocês sempre com muito respeito, porque vocês merecem meu respeito", finalizou.