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Cuca foi anunciado como novo treinador do Corinthians na semana passada

Cesar Greco / Divulgação Palmeiras

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Palavra do advogado

Advogado suíço desmente Cuca e diz que vítima reconheceu técnico do Corinthians em crime sexual

Por Meu Timão

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O Corinthians anunciou Cuca como treinador na última sexta-feira. Desde então, desdobramentos do caso de abuso sexual contra uma criança de 13 anos, do qual o técnico foi condenado, em 1987, ainda quando jogador, estão sendo revelados. Nesta terça-feira, o advogado suíço envolvido na defesa da vítima à época do crime sexual identificou o treinador.

Willi Egloff, advogado suíço que acompanhou a vítima no caso, em 1987, revelou que a menina, na época com apenas 13 anos, reconheceu Cuca como um dos criminosos. Ele também reforçou que o sêmen do treinador foi usado como prova, em entrevista ao UOL Esporte.

A declaração rebate o próprio comandante alvinegro. Em entrevista coletiva de apresentação, na última sexta-feira, o técnico de 59 anos havia afirmado que nunca foi reconhecido pela vítima. Os detalhes do processo são mantidos sob sigilo na Suíça.

"A declaração de Alexi Stival (Cuca) é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor", afirmou Egloff após ser confrontado com o fato de Alexi Stival, o Cuca, ter dito que nunca foi reconhecido pela vítima.

Egloff confirmou a informação do jornal Der Bund, corroborado como fonte de informações do caso em contato do Meu Timão com a Corte Suíça. Segundo ele, o sêmen de Cuca foi encontrado no corpo da garota e utilizado como prova no caso. O treinador afirmou na coletiva de apresentação que esteve presente no quarto, aos 23 anos, mas que não havia participado do crime sexual, explicando o formato do quarto "em L", que o impediria de ver a ação, segundo ele.

O Meu Timão, inclusive, já havia utilizado desses artigos para relembrar o caso em matéria publicada na última sexta-feira.

"É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota. O exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna", informou o advogado suíço.

Para fins de informação do caso, o advogado deu detalhes das condenações que Cuca e mais três ex-jogadores do Grêmio foram enquadrados.

"Alexi Stival foi condenado por violar o art. 181 (coerção) e o art. 191 (fornicação com crianças) do Código Penal Suíço. Desde então, o Código Penal Suíço foi revisado várias vezes. O antigo art. 191 corresponde ao art. 187 (atos sexuais com crianças) do atual Código Penal Suíço", explicou Willi.

Os artigos citados abordam os seguintes crimes:

  • Artigo 181 - Coerção - Qualquer pessoa que, pelo uso da força ou ameaça de prejuízo grave ou outra restrição à liberdade de agir de outrem, obrigar outrem a praticar um ato, deixar de praticar ou tolerar um ato, será punido com pena privativa de liberdade. A pena não será superior a três anos ou será aplicada uma multa.
  • Artigo 187 - Ato Sexual com Crianças - Qualquer pessoa que pratique ato sexual com menor de 16 anos, ou, incite uma criança a cometer tal atividade, ou envolve uma criança em um ato sexual, será punido com pena privativa de liberdade não superior a cinco anos ou com multa. Nenhuma sanção pode ser aplicada se a diferença de idade entre os envolvidos for de três anos ou menos. Se o agente não tiver completado 20 anos à data do facto ou do primeiro dos factos, e se verificarem circunstâncias especiais, ou se o menor for cônjuge ou companheiro registado do agente, a autoridade competente pode dispensar processo, encaminhamento ao tribunal ou a imposição de uma penalidade. Se o delinquente agir sob o equívoco de que a criança tem 16 anos ou mais, mas não teria cometido esse erro se tivesse exercido a devida diligência, a pena é de prisão até três anos ou multa pecuniária.

Veja mais em: Cuca, Diretoria do Corinthians e Duílio Monteiro Alves.

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