O técnico Vanderlei Luxemburgo teve seu nome vaiado pela torcida do Corinthians na Neo Química Arena durante a apresentação da escalação alvinegra no jogo contra o Grêmio. Questionado sobre o ocorrido, o treinador afirmou não ter percebido as vaias por estar focado na partida.
"Eu não vi, estava dentro do jogo e não percebi. Eu já fui vaiado algumas vezes, chamado de burro, até porque meu nome é Luxemburgo. Se troca o “G” pelo “R”, fica Luxemburro. Eu não vi, não escutei, não vou comentar uma coisa que eu não percebi. Desculpa", comentou o treinador, que na sequência indicou por que acha que foi vaiado.
"O Corinthians não está bem, então não tenho dúvidas que vão vir para cima de mim. No Brasil de sempre é assim, não é diferente, não. Quando eu cheguei aqui em 98 para disputar aquele campeonato que ganhamos, a torcida foi lá em Atibaia. Se o Corinthians não está ganhando, vão fazer pressão, achar um. Agora, se a gente ganhar, vão gritar 'é Luxemburgo'. No Brasil, hoje, o técnico tem uma única chance: ganhar. Se ele não ganhar, não vale".
Luxemburgo vive um momento de instabilidade no Parque São Jorge. Em meio a má fase do Corinthians em campo, o treinador balança no cargo também por insatisfação de alguns atletas e a discussão com o fisioterapeuta Bruno Mazziotti.
O confronto contra o Grêmio era a luz no fim do túnel do técnico conforme apurado pelo Meu Timão. Havia o temor de que, em caso de derrota, a torcida do Corinthians explodisse contra Luxemburgo. Essa reação, inclusive, acabou culminando na queda de outros profissionais, como Sylvinho e Cristóvão Borges.
Vivendo essa pressão, Luxemburgo segue no cargo até segunda ordem. O treinador agora prepara a equipe para enfrentar o Botafogo na sexta-feira, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida acontece na Neo Química Arena e antecede o primeiro jogo da semifinal da Sul-Americana, contra o Fortaleza, que também será sediado na casa alvinegra.