Durante o evento de posse na última terça-feira, Augusto Melo mostrou descrédito com a chance de o Corinthians conseguir um acordo para quitar a dívida com a Caixa Econômica Federal, um dos principais pontos levantados pela situação no último mês de gestão. Questionado sobre o tema, Andrés Sanchez rebateu o atual gestor e disse que "este mês fecha" o acordo.
"Este mês fecha. Fiquem tranquilos, ele vai se beneficiar e muito. E nunca falei que mudaria o meu nome, só disse que vai fechar, mas tem o tempo dos órgãos. O tempo vai dizer quem é o Pinóquio", rebateu Andrés Sanchez em contato com o ge.globo. Melo foi incisivo sobre o tema na apresentação.
"Perdi a eleição (de 2020) por alguns votos depois que anunciaram a venda dos naming rights. Agora tentaram (a quitação) com a Caixa e sabíamos que era impossível. Fui chamado de Pinóquio e vamos provar quem é Pinóquio", disse Augusto no Parque São Jorge.
Além do antigo presidente, a Caixa emitiu um comunicado afirmando que "está realizando a avaliação técnica da proposta apresentada pelo clube". Se for aprovada pelo banco, a proposta ainda precisará passar pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU).
A atual dívida do Corinthians com a Caixa pela Neo Química Arena é de R$ 611 milhões, sendo que parte do montante será pago com os naming rights da Hypera Pharma. Na proposta, o clube compraria títulos da união semelhantes a precatórios e quitaria o valor devido. Em entrevista ao Meu Timão, Wesley Melo, ex-diretor financeiro alvinegro, disse que seria "algo entre 10% e 50% (do valor do título)" .
O atual acordo entre Corinthians e Caixa prevê a quitação do estádio até 2041, pagando juros entre 2023 e 2024 e o valor em si a partir de 2025.