O futuro treinador da seleção brasileira será Tite. Essa é a vontade de José Maria Marin. O presidente da CBF espera o fim do Mundial de Clubes com o Corinthians para sentar com o treinador e apresentar a proposta de iniciar o novo trabalho em janeiro. Marin conta com o apoio de Andrés Sanchez nesta missão.
O diretor de seleções, nomeado por Ricardo Teixeira, mas mantido por Marin por conta das suas boas relações com Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, fará a transição. E Sanchez tratará que ela seja boa tanto para a seleção como para o Corinthians, clube que presidiu até fevereiro. Mano Menezes, demitido na sexta-feira , poderia até voltar ao clube por intermédio de quem o contratou em dezembro de 2007. Mano trabalhou no clube até agosto de 2010, quando foi convidado por Teixeira para substituir Dunga.
As informações são de fontes da CBF e do Corinthians. Elas disseram ao iG que a intenção de Andrés Sanchez é criar o cenário ideal para que Tite seja nomeado em janeiro, mês em que a CBF se comprometeu a anunciar do novo treinador da seleção. Antes, Marin será o chefe da delegação do Corinthians no Japão e lá poderá ver mais de perto o trabalho de Tite.
Sanchez se enfraqueceu por conta da saída de Mano Menezes. Foi voto vencido na reunião com Marin e o presidente da Federação Paulista e vice-presidente da CBF, Marco Polo del Nero. Mas o bom relacionamento com Tite e as ligações com o clube do Parque São Jorge fazem dele peça fundamental no processo que deve dar ao treinador campeão da Libertadores de 2012 o cargo mais cobiçado pelos técnicos do país.
Tite não comentou a possibilidade de deixar o Corinthians após o Mundial. Teve até sua coletiva de imprensa tradicional das sextas-feiras cancelada. Ele tem contrato com o clube até dezembro de 2013 e a CBF teria de arcar com uma multa de rescisão de R$ 5 milhões caso o acordo seja rompido. O diretor de futebol do clube, Roberto de Andrade, espera não perder Tite, mas não descarta uma conversa com o treinador quando ele for convidado pela CBF.
"O Tite tem contrato até dezembro de 2013 e vai cumprir o seu contrato. Se o convite surgir ali na frente, talvez a gente converse, mas a posição do clube já está aqui: o Corinthians não libera. No contrato dele, não existe cláusula de saída, porém ele vai cumprir o contrato", disse Andrade. De acordo com o site Terra, Andrés e Mário Gobbi, atual presidente do Corinthians, se reuniram pouco antes do encontro que determinou a saída de Mano Menezes .
Fonte: Marca Brasil