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Mediocridade sincera
Andrew Sousa

25 anos, formado em Jornalismo na Univali e fiel desde o primeiro de seus dias.

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Mediocridade sincera

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Mediocridade sincera

Boselli foi para o fim da fila na briga pelo comando de ataque do Timão

Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Já é terça-feira, mas a coletiva de Fábio Carille no sábado ainda está em minha cabeça. E não digo nem pela lamentável culpa que ele jogou no ombro dos mais jovens do elenco. O que incomoda muito é a sinceridade na hora de assumir a falta de ideias.

Muito criticado pela Fiel por não utilizar o argentino Mauro Boselli, o técnico justificou a preferência por Gustagol ao responder uma pergunta da imprensa. Engana-se quem pensa que a explicação veio bem fundamentada e convincente.

"Porque o jogo está me mostrando que o Gustavo é melhor na questão da bola aérea defensiva. Falando do jogo de hoje, o Bahia colocou o Fernando e o Gilberto, dois excelentes cabeceadores. O Fernandão trabalhou comigo na Arábia, conheço o potencial. E o Gustavo briga mais por essa bola, na questão de brigar mais lá na frente, o Cássio quebra a bola e a gente consegue ficar com a bola. Estou usando ele porque as características dele nos servem melhor nas partidas que ele está entrando", pontuou.

Para escalar um ATACANTE, os pontos principais citados pelo comandante foram auxílio na defesa e capacidade de ganhar as divididas pelo alto nos chutões de Cássio.

Isso mesmo. A qualidade técnica, movimentação e o quanto um jogador agrega ao sistema ofensivo como um todo parece secundário. Com se isso não bastasse, não há qualquer coerência se o titular da posição for levado em conta.

Love não é o homem da casquinha, muito menos de auxílio na defesa. Porque seu reserva precisa ter essas características? Em um jogo que a equipe precisa do resultado, vale mais apostas nos chutões de Cássio e no chuveirinho ou mostrar repertório para construir jogadas com um jogador mais técnico?

Na teoria, seria fácil dizer que a segunda alternativa é a correta, mas não no atual Corinthians. Faltam ideias para atacar e, à moda antiga, o mais óbvio parece mesmo partir para o "bumba, meu boi".

Nas duas derrotas recentes do Timão, o que vimos no segundo tempo foi desespero total, a entrada de mais atacantes e o meio campo completamente desmontado, sem criar qualquer perigo sem ser pelo alto.

Infelizmente, o comandante alvinegro parece querer isso mesmo.

Orgulhoso por ser sincero nas entrevistas, reafirmando a infeliz declaração que fez sobre os jovens, Carille também mantém a verdade na hora de assumir a mediocridade de sua equipe. Faltam ideias, não há repertório.

Que Cássio acerte os chutões necessários nesta quarta-feira...

Confira o #SaudaçõesCorinthianas

Veja mais em: Gustavo, Fábio Carille e Mauro Boselli.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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