O amadorismo é um problema que ninguém questiona
Opinião de Danilo Augusto
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Veja os treze nomes abaixo:
- ANDRÉS SANCHEZ
Presidente da Diretoria - EDNA MURAD HADLIK
1ª Vice-Presidente da Diretoria - ALEXANDRE HUSNI
2º Vice-Presidente da Diretoria - DUÍLIO MONTEIRO ALVES
Diretor de Futebol - MATIAS ANTONIO ROMANO DE ÁVILA
Diretor Financeiro - FABIO TRUBILHANO
Diretor de Negócios Jurídicos - ANDRÉ LUIZ DE OLIVEIRA
Diretor Administrativo - AURELIO DE PAULA
Diretor de Patrimônio e Obras - VICENTE CÂNDIDO DA SILVA
Diretor de Relações Institucionais e Internacionais - WELLINGTON DOS SANTOS RASO CARDOSO
Diretor Social - DONATO VOTTA DE CARVALHO FILHO
Diretor de Esportes Terrestres - MARCO ANTÔNIO DE S. SOARES DE PAULA
Diretor de Esportes Aquáticos - CARLOS ROBERTO ELIAS
Diretor Cultural
O que todos eles têm em comum?
São diretores e/ou presidente do Corinthians e não ganham salário para isso.
Sendo assim, ou eles não precisam de dinheiro, ou o Corinthians acaba sendo uma atividade secundária na vida deles. O Corinthians é comandado por quem, literalmente, tem mais o que fazer. Isso é tão amador que é difícil compreender como um clube tão grande nunca mudou o estatuto para se profissionalizar.
Imagine esse cenário numa empresa grande, que luta por uma competitividade para fazer seu produto ser líder de mercado. Imaginem, sei lá, a Coca-Cola, a Ford ou uma empresa nacional como a Positivo, a Folha de São Paulo, Bombril... Qualquer empresa que atinja 30 milhões de clientes.
Agora pense na hipótese de o presidente da Coca-Cola não receber salário e ainda dividir seu tempo com outra profissão. Ou se o diretor financeiro, por exemplo, da Folha de São Paulo tivesse um emprego de segunda a sexta em outro local de trabalho. Se um diretor da Ford aparecesse na empresa quatro vezes por mês.
Soa tão absurdo como é, hoje em dia, no Corinthians.
Jogadores de futebol tinham o mesmo dilema no início do século passado, mas por volta de 1920 e 1930, todos acabaram se profissionalizando. Hoje, um jogador de futebol sem receber salário é coisa de clube amador.
Sem profissionalismo, não há gana profissional por metas, resultados. Tudo bem se não fechar os naming rights por seis anos. Tudo bem se o clube tiver uma dívida de 170 milhões de reais no exercício atual. Tudo bem assinar um contrato de patrocínio bem abaixo do valor de um clube com menor audiência. Afinal, qual é o problema de perder um emprego não remunerado?
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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