Era a polícia...
Opinião de Danilo Augusto
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Em 66 horas, a torcida do Corinthians foi agredida duas vezes pela Polícia Militar. Na quarta-feira eu fui, eu vi, eu estava lá.
O "confronto" (entre aspas porque o que eu vi foi pura covardia) aconteceu logo após o término da partida, quando as câmeras da TV já não transmitiam o conteúdo ao vivo. Eu assisti no décimo andar do Setor Oeste, no setor de imprensa, posso dizer que tinha um posição privilegiada do que aconteceu.
Quando acabou o jogo e eu esperava o elevador para ouvir a entrevista coletiva do Tite, eu ouvi a torcida do Cerro Porteño comemorando. Oras, comemorando o que? Eles haviam perdido de 2 a 0. Dei meia volta e fui ver o que estava acontecendo.
Não havia confronto, não havia briga. Era apenas a polícia, subindo arquibancada acima, com cacetetes na mão, distribuindo agressões.
A comemoração dos paraguaios era por ver a torcida do Corinthians apanhando em sua própria casa. Torcedores pediam calma a polícia. Levantando as duas mãos acima, sinal universal de submissão. Era a hora da polícia parar, mas não pararam. Atacaram.
Hoje não assisti do estádio, mas os relatos que vi não foram diferentes. O mesmo local, as mesmas pessoas, a mesma hora (logo quando acaba a partida).
Saída da Arena agora! pic.twitter.com/AnMh9Rw6J2
— Yohana Scaranare (@yoscaranare) 19 de março de 2016
Talvez pelas faixas, talvez por birra, talvez a mando de alguém, a verdade é que eu realmente não sei o motivo, mas o que está acontecendo é covardia, é abuso de poder. A PM precisa sair dos estádios de futebol, eles não tem o mínimo preparo pra isso e prestam um péssimo serviço ao clube e à torcida.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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