Talvez a maior carência do Corinthians não esteja no ataque
Opinião de Giovana Duarte
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Em 12 jogos, desde o início da temporada (e incluo aqui as partidas disputadas na Florida Cup), a defesa do Corinthians só não foi vazada em dois deles; curiosamente, nos clássicos contra Santos e São Paulo.
A situação atual é delicada, mas eu vejo um time com melhores atuações em relação às do ano passado, que cria mais oportunidades. Uma coisa é certa: os comandados de Tiago Nunes precisam finalizar melhor. Aliás, precisam finalizar certo.
Mas confesso que o que mais tem me preocupado é a defesa. Não é uma preocupação bizarra, em que o sinal de alerta precisa ser ativado o mais rápido possível. Mas, ao meu ver, a defesa, que por anos foi elogiada, tem estado muito exposta com o novo (e necessário) estilo de jogo. Pra mim, falta um volante verdadeiro, um volante raiz, com raça, que chama a responsabilidade, que não toma cartão... O esquema de Tiago Nunes precisava de um Ralf.
Para mim, não contar com o volante, que já estava em casa e que poderia ser uma grande solução em certos momentos, foi um erro. Com a presença de Ralf, imagino que Cantillo e Luan, por exemplo, poderiam jogar mais à vontade. O colombiano podendo flutuar melhor no meio de campo e o brasileiro chegando com maior liberdade para ajudar os atacantes.
Que fique claro: não acredito que tirar o Camacho, que vem fazendo boas partidas nesta passagem pelo Timão, seja o ideal. Mas, em determinados momentos, a equipe precisa de um volante que segure mais a bola, que não deixe a defesa carente de alguém que faça a cobertura com eficiência que Ralf fazia. Sem esse tipo de jogador, a defesa ficou à mercê dos contra-ataques, e nossos adversários, infelizmente, estão sabendo aproveitar isso.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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