Em 2020, o corinthiano sofre em dobro
Opinião de Jorge Freitas
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No Brasil de 2020, o corinthiano sofre duas vezes. Primeiro quando acessa a internet e tem de lidar diariamente com as barbaridades proferidas pelo senhor Presidente da República. Segundo, quando recebe notícias catastróficas sobre a administração de seu clube do coração.
Quem não torce para o Corinthians talvez não imaginasse como é ter Andrés Sanchez na presidência, não fosse pela atual administração de Jair Bolsonaro. Tornou-se rotina levantar da cama com uma notícia bombástica que remete ou a Brasília ou ao Parque São Jorge.
Em tempos de pandemia, não se consegue sequer uma boa nova vinda de qualquer um dos dos lados. A aparência é que a incompetência assumiu o controle daquilo que mais gostamos e, aos poucos, nos tira a tranquilidade de conviver com este tipo de personalidade.
"Tipo", pois, Sanchez e Bolsonaro são farinhas do mesmo saco. Despreparados, jamais geriram qualquer coisa significativa em suas vidas antes de atingirem o ponto mais alto de uma nação. De esquerda ou de direita, são figuras que enfiam os pés pelas mãos e deterioram aquilo que dizem comandar.
Aliás, enquanto Bolsonaro finge que está tudo bem e passeia livremente por Brasília acenando para seus seguidores, a diretoria corinthiana emite nota dizendo que a dívida é "perfeitamente administrável" e que "somente aumentou pela falta de retorno esportivo e financeiro em 2019", como se fosse certo que o clube seria multicampeão no ano passado.
Chega uma hora que já não sabemos mais se é incompetência ou excesso de confiança.
O Corinthians, de Sócrates - seu irmão, Raí está certo ao se manifestar - e Casagrande, sofre em dobro, pois além de ser obrigado a conviver com um Presidente da República que faz piada com coisa séria e já ameaçou tomar nosso estádio, tem que aguentar dezenas de milhões de empréstimos bancários, mais de 100 milhões em dívidas com direitos federativos, sem contar um time Sub-23 que gera muito gastos e nem mesmo joga.
Resumidamente, não há paz, seja na garantia de nosso trabalho, seja na expectativa de um bom lazer.
São tempos árduos para quem é Fiel e se mantém ligado às raízes fincadas pela Democracia Corinthiana.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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