Ano novo, time novo
Opinião de Letícia Beppler
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Quando se encerra um ano e se começa a preparação para encarar um outro, geralmente o primeiro pensamento é: renovação. É um dos objetivos essenciais em várias situações da vida e que nos dá forças para começar tudo de novo.
Infelizmente, não é o ideal que vivemos desde o último título Mundial em 2012. Foi um ótimo ano, com ricas conquistas e glórias memoráveis, mas que já não pode nos proporcionar nada além de um passado.
A renovação que deveria ter vindo em 2013 acabou sendo abafada pelas conquistas anteriores, e o ano acabou "levado com a barriga". Essa situação, ao final, dividiu opiniões sobre a saída do técnico Adenor Bachi.
Tite, apesar de recorrer a um estilo de jogo muitas vezes criticado, foi incontestável no comando do Corinthians. Conquistou com seu jeito "teimoso e retranqueiro" títulos inéditos e que sempre serão lembrados. Por conta disso, ele sempre terá minha admiração e respeito.
Mas, como tudo na vida tem um ciclo - e no futebol talvez ainda esses ciclos sejam mais evidentes - acredito que o ciclo de Tite tivesse mesmo que acabar naquele momento, para não precisar "ser acabado". Por esse motivo fui a favor de sua saída, desde que para isso, claro, viesse a tão desejada renovação da qual estávamos necessitados.
Renovação essa, porém, que não veio com o Mano Menezes. Trocamos um estilo de jogo (que devido à retranca já não agradava tanto, mas) que funcionou, por um mesmo estilo retranqueiro de jogo, que não funciona.
Eu, particularmente, nunca fui a favor da volta de Mano Menezes - assim como a maioria dos corinthianos que vi opinarem sobre o assunto. Parte da diretoria, porém, pareceu ignorar a contrariedade de muitos. Como ignoraram também os últimos fracassos de Mano diante da seleção brasileira e do Flamengo, e optaram assim por fazer uma aposta alta, onde perderam tudo.
Mais um ano se foi e agora só nos resta reinvidicar as mudanças certas para 2015, para que possamos depois de muito tempo, quem sabe, ver um Corinthians ofensivo e contagiante dentro de campo.
Para isso, eu gostaria que trouxessem de volta o Oswaldo, técnico que já comandou o Coringão com muito sucesso em 1999 e 2000 e que deixou saudades - pelo menos pra mim, que ainda "adolescente" o ouvi na despedida prometer seu retorno. Quem sabe agora não seja esta a hora de sua volta e de uma significativa mudança?
Entre as especulações, além do nome de Oswaldo de Oliveira ainda aparecem os nomes de Abel Braga e a tão comentada volta de Tite. A última opção, no entanto, não me parece a mais apropriada para este momento já que desde a sua saída nenhuma mudança de fato foi concretizada no clube.
Antes de definir um nome para o comando do elenco, ainda será preciso definir a nova diretoria, que é o núcleo do nosso futuro. Mais uma vez, bato na tecla de que é preciso focar na renovação. Ano novo, time novo. E que tenhamos muita sabedoria nas escolhas e prosperidade para as novas conquistas que hão de vir.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.