Uma opinião impopular sobre a contratação de Jô
Opinião de Luis Fabiani
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"É não contratar jogador, segurar um pouco e paga. Peguei o clube com R$ 19 milhões de folha, hoje está em R$ 12 milhões. Era para estar em R$ 8 milhões? Era, mas estou apanhando que nem louco porque deixei de contratar jogadores".
Essa foi a resposta de Andrés Sanchez quando perguntado sobre como sanaria as dívidas do Corinthians. Horas depois desta declaração, o mandatário alvinegro esteve em outra entrevista, onde afirmou o seguinte:
"As portas estão sempre abertas para o Jô, ele está meio em litígio com o time dele, ele tem contrato até o final do ano, e é óbvio, se ele se liberar lá, ou agora no meio do ano, ou no final do ano, a prioridade dele e do Corinthians, é o Jô no Corinthians"
A antítese é bastante curiosa. Como, em questão de horas, passou a ser viável a contratação de um jogador do porte do Jô? Seria possível arcar com salários dessa magnitude? Seria realmente uma contratação emergencial, que exigiria uma manobra financeira do clube como essa?
Para este que vos escreve, não.
Confesso que sou bem negativo quando o assunto é repatriar o grande destaque do clube em 2017.
Ainda ressalto: sou totalmente a favor de algumas loucuras no mercado, desde que estas mudem o elenco de patamar e resolvam os problemas dentro de campo. Não é o caso
Jô viria para disputar vaga em um setor bem ocupado. Dois centroavantes experientes, que teriam espaço nos grandes clubes do Brasil e estão longe de comprometer o setor ofensivo da equipe. Sou entusiasta e confio bastante em Vagner Love e Boselli.
A estratégia de repatriar jogadores com sucesso antigo no clube já não é de hoje. Ralf e Sidcley chegaram acima do peso. Gil não é mais o mesmo. Jadson fez duas boas temporadas, mas na última não aguentava correr 10 metros. Alguns loucos ainda eram favoráveis ao pagamento de €8M por Guilherme Arana.
Posso estar errado, mas a contratação do Jô me parece uma manobra do grupo de situação visando as eleições presidenciais de novembro.
O centroavante não solucionaria o problema da equipe, comprometeria boa parte da folha salarial do clube e o atleta tende a retornar fora de forma.
Um tiro no pé da diretoria alvinegra!
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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