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Corinthians, Haaland e a seleção da Noruega
Luis Fabiani

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Há três anos, acompanhando a base do Corinthians diariamente pelo Meu Timão.

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Corinthians, Haaland e a seleção da Noruega

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Opinião de Luis Fabiani

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Corinthians, Haaland e a seleção da Noruega

Fissurado no 'jogo bonito', Corinthians abre mão de sua principal arma para correr ainda mais riscos

Foto: Luis Fabiani / Meu Timão

Erling Braut Haaland é um dos grandes fenômenos do continente europeu nos últimos anos. Com apenas 19 anos, terminou a última temporada com 40 gols marcados em 30 jogos. É um dos melhores jogadores do mundo. Em âmbito internacional, o jovem defende a seleção norueguesa, da qual é de longe o melhor jogador.

Haaland é o melhor norueguês em muito tempo. E sua seleção, recheada de jogadores pouco conhecidos no cenário mundial, deveria moldar seu estilo de jogo de uma maneira que deixasse Haaland sempre perto da bola, ativo nas jogadas ofensivas. Não faria sentido deixá-lo isolado no meio dos zagueiros adversários. A ligação direta vira, assim, uma alternativa frutífera

Agora, projetem o mesmo cenário na equipe do Corinthians. Nosso melhor jogador é, possivelmente, o Jô. E sua participação recente tem sido tão apagada, que para alguns torcedores, o centroavante deveria perder a posição para algum de seus concorrentes. A bola raramente chega no camisa 77.

Fissurado no jogo de posse, Corinthians abre mão de sua principal arma para correr ainda mais riscos. O excesso de passes na defesa perde sentido quando há um centroavante como Jô lá na frente. Óbvio que o ideal seria que o time saísse tocando desde trás para chegar no ataque com superioridade numérica e em claras condições de fazer o gol. Mas com a necessidade de pontuar, somada com a bagunça tática da defesa alvinegra, a ligação direta no centroavante se torna uma arma importantíssima.

A saída por baixo do Corinthians hoje serve apenas para correr riscos. É burocrática, lenta e sem movimentações. São raríssimas as vezes que a saída é limpa e bem executada, já que as peças estão em constante troca e ninguém parece saber sua função exata ali.

Os times saem tocando desde trás por um motivo. Entende-se que, com as bolas rifadas ao ataque, o risco de você ceder a posse da bola é maior. Hoje, no entanto, o Corinthians parece muito mais vulnerável saindo pelo chão do que pelo alto. Jô vence 67% dos duelos aéreos em que participa. Com uma assimilação dos outros jogadores de frente, esta pode se tornar uma arma mortal do Corinthians.

É importante que o Corinthians saiba alternar suas saídas para ganhar repertório. Enfrentando times como o Atlético-MG do Sampaoli, o Internacional do Coudet, o São Paulo do Diniz, a ligação direta no centroavante seria, sem dúvidas, fundamental para que o Corinthians deixe de correr riscos desnecessários como os que corre hoje.

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Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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