Mantuan faz o que Guedes deixa de fazer e merece a titularidade no Corinthians
Opinião de Luis Fabiani
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Vítor Pereira chegou ao Corinthians sob a difícil missão de equilibrar um time montado para ser naturalmente desequilibrado. E em dois meses no cargo, dá cada vez mais mostras de obter sucesso na busca por um meio termo entre uma equipe extremamente técnica e outra de alto poderio físico.
Para isso, algumas trocas foram essenciais. A virada de chave, ao ver deste que vos escreve, se dá na vitória contra o Botafogo, no Engenhão. Na partida em questão, os valorizados Willian e Paulinho puderam se oxigenar pelas corridas de um trio mais jovem, com Du Queiroz, Maycon e, principalmente, Gustavo Mantuan.
E é justamente o último nome que pretendo tratar como tema central desta coluna. Mantuan é um jogador chave para um Corinthians que ainda busca diminuir oscilações e "bater de frente" em mais de uma competição nesta temporada. O grande símbolo do equilíbrio entre os jogadores mais velhos e mais novos por uma equipe competitiva em todos seus compromissos.
O camisa 31 do Corinthians exerce funções que seus concorrentes não conseguem fazer. Falta pulmão a Adson e Mosquito para suportar o impacto físico de pisar nas duas áreas durante os 90 minutos. Róger Guedes, o nome mais pedido por torcedores na equipe titular, tem problemas sérios para recompor linha e ajudar o coletivo sem bola.
Isso tudo não significa que deve ser isento de cobranças. Não existe cadeira cativa no time titular do Corinthians. Os gols perdidos na Colômbia precisam ser vistos pelo jogador como aprendizado para que erre cada vez menos.
Gustavo Mantuan se reinventa cada vez mais em relação ao que foi na base. Em boa parte do tempo, um meia centralizado, que sempre gostou de infiltrar a área para finalizar (uma espécie de "Rodriguinho"). Em outros momentos, sobretudo quando comandado por Eduardo Barroca, era um ponta-esquerda de velocidade.
Atualmente, na minha opinião, Mantuan deve ser titular do Corinthians porque entrega aquilo que seus companheiros não entregam, seja por limitações ou falta de vontade. E, ao contrário do que muito li nas redes sociais nesta quinta-feira, passa muito longe de ser limitado com a bola nos pés.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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