O Corinthians inicia uma nova jornada nesta terça-feira, quando faz sua estreia pelo Campeonato Brasileiro Sub-17. É o reencontro do Timão com o torneio nacional após uma participação decepcionante, de um time recheado de bons valores, em 2021, quando foi eliminado ainda na primeira fase.

Em relação ao time que jogou a última vez pelo campeonato, no dia 3 de julho de 2021, são 12 mudanças logo de cara. Além dos 11 titulares, que não devem ter nenhuma peça repetida na escalação desta terça-feira, o técnico Gustavo Almeida deixou o cargo e deu lugar ao experiente Guilherme Dalla Déa.

Apesar de ser uma safra muito bem avaliada no Corinthians, o time que disputa o Brasileirão neste ano não me reserva grandes expectativas. Acima de tudo, me desperta curiosidade pela tendência a utilizar jogadores pouco experimentados até aqui.

Nomes como Pedro, Breno Bidon e Wesley, fundamentais à categoria no ano passado, não estão nos planos da comissão de Dalla Déa para o campeonato. Isso porque, na avaliação do clube, "já romperam com essa barreira em suas etapas de formação".

Arrisco dizer que, se completo, o Corinthians seria apto a brigar pelo título do Brasileirão Sub-17 nesta temporada. Um misto de jogadores já notados por Vítor Pereira, com integrantes da Seleção Brasileira da categoria e peças fundamentais no time campeão paulista na última temporada.

Desfalcado, porém, o cenário é outro. A nível nacional, o Corinthians perde suas principais referências técnicas e se vê na busca por novos destaques e protagonistas. Pelo desempenho na atual temporada, isto deve ficar a cargo de Felipe Longo, William, Bahia, Thomas Lisboa, Adryan e Guilherme Henrique.

Dentre os movimentos no mercado da bola, entre nomes que não me empolgam, dois deles me parecem interessantes. João Victor e Kalil Soares, contratados de Sport e São Caetano, respectivamente, parecem ter nível suficiente para vestir a pesada camisa corinthiana em um torneio nacional.

O "alento" em meio à reconstrução e às incógnitas da equipe está no banco de reservas. Fato é que o currículo do técnico Guilherme Dalla Déa já o gabarita para uma missão complicada que encontra pela frente no Parque São Jorge.

A participação que projeto ao Corinthians no Brasileirão Sub-17 de 2022 me parece um produto de debate entre resultados e desempenho nas categorias de base. Quanto ao talento da safra, não me preocupo. Mas acho que seria interessante colocar o pé no acelerador e utilizar sua força máxima para se aproximar da primeira prateleira na categoria.

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